"Ninguém pediu a sua opinião!"
Aprendi com a vida que, às vezes, é melhor guardar uma opinião para evitar atritos desnecessários. Porque, por vaidade ou arrogância, achamos que devemos emitir opiniões sobre tudo, como se o nosso ponto de vista fosse o mais certo.
Opinamos em demasia e esquecemos de abrir espaço para a troca, para o diálogo.
E quando o nosso calo está dolorido, acabamos vomitando raivas em forma de opinião. Como se esbravejando contra alguma coisa fosse diminuir a nossa dor íntima. É aquela coisa: um ser ferido fere muito mais. Uma pessoa leve, sábia, consegue guardar o que pensa para um momento onde isso é solicitado. Prudência nunca é demais. Cautela serve para um monte de coisa, inclusive, para gestar a paz, tão necessária para que coisas boas aconteçam e a energia do amor flua.
Às vezes, é melhor calar do que falar algo que, em seguida, cause arrependimento. As palavras traem sentimentos. E machucam quando não dosadas.
Hoje, por conta das redes sociais, muitos são motivados por impulsos. Acordam de mau humor e logo postam os seus pensamentos. E logo são julgados e logo respondem com raiva e logo o teto da casa vai caindo e logo alguém aparece para cavar um buraco mais embaixo para que tudo se afunde e você sinta que está existindo, mesmo que da pior forma, uma forma destrutiva que te leva a afundar bem mais do que quando você proferiu as primeiras palavras do ser machucado... Ufa! Respira-nãopira-respira-nãopira-respira-nãopira.
Calar é um aprendizado. Sinta, processe, reflita, e só fale se for mesmo necessário. Se tiver um verdadeiro amigo ao lado. Palavras são de ouro quando ditas depois do árduo filtro da sabedoria.
Entenda essa pressa de querer falar sobre tudo. Resista a tentação de expor o que você nem mesmo sabe o que é. Porque pode ser algo que ainda está dentro de você, carecendo de entendimento.
Aprenda a guardar!
Se for para explanar algo sem processar muito, explane amor, positividade, ternura. E atraia só o que for melhor pra você.
O mundo agradece!