Uma borboleta andante
Em seu profundo jeito de confundir o mundo com si mesma, existia uma forma de desigualar todos os indivíduos. Ela, uma simples mulher que talvez sempre foi complexa. Tentava brincar com quem não queria brincar, percebia todos os brilhos do ambiente e realmente sempre lhe faltou amor pela própria luz.
Foi muito cedo abatida pelos costumes que faziam e fazem muitos sofrerem, enquanto que no tempo certo reagiu contra os opressores. Teve medo de gritar com o mundo, enquanto que por dentro não mais aguentava sobreviver. Quando tirada do orfanato, ficou sem o afeto da própria solidão.
Pelo mundo estão seus filhos, estão aqueles que lhe odeiam e estão em seu coração. É por demais sensível e ao mesmo tempo precisa mais do que um grande amor. Sonha e em suas desilusões é muito mais iludida pelos padrões estabelecidos.
Um dia será deusa e enquanto mulher, é uma bela que causa inveja por ser sincera e se calar facilmente. Não trabalha pelas diferenças, é naturalmente diferente. Apegada aos pais, enquanto que precisa expandir o seu amor para que possa ser muito mais poderosa do que é.
Acredita estar velha e velhos são aqueles que morrem na aparente juventude do corpo. Compreende muito espiritualmente e mal sabe que o corpo é mais instável que as próprias emoções. Será muito mais do que já se tornou e nunca será abandonada enquanto se amar de maneira tão diferente do que se ama.
É uma eterna criança por ser o que acredita ser, é uma energia que alimenta muitas almas aflitas e ao final de uma campanha fica exausta. Quando lhe falta confiança, é que precisa um dia sofrer por ter confiado em quem tem caráter irreversível. Quando cair será erguida ou alimentada no chão, quando subir é que está subindo e na subida está alegremente envolvida no agora.
Escritor Joacir Dal Sotto .'.
Em breve o meu livro "Curvas da Verdade" pela Editora Multifoco!