Colorau

Ito andava muito impressionado com os peitões apetitosos da Fer.

Basta ela chegar perto que ele fica desconsertado, sem jeito e até constrangido.

Tentava ser discreto para evitar que outras pessoas notassem, mas no pensamento viajava e sonhava até em se casar com ela, “ter dois filhos e um cachorro”, (eca)....

Havia decidido cantá-la na primeira oportunidade que surgisse. Queria sair daquela situação meio platônica e, como ele mesmo pensava partir pra cima dela.

Aproveitando a festa ele a fitava direto, discreto, mas atento.

Precisava esperar um momento em que ela se afastasse do grupo para agir.

- De hoje não passa, chega a falar pra si mesmo.

O dia ia passando e nada. Conferia o relógio e constatava que já passava do meio da tarde e se bobeasse não cumpriria o pretendido.

Pensava até em tomar “umas” pra facilitar.

A tarde tinha música de bandinha, pessoas dançando e as mulheres viúvas de maridos bêbados dançando entre si. As mais desacostumadas ficavam de pés descalços já que estavam inchados de ficar de sapato. Ito até observa o ambiente embora bem desconcentrado.

Decidiu sair do salão paroquial e entrar na igreja que ficava bem ao lado. Ficou com ar de professor Girafales ao avistar Fer próxima ao altar.

Aproximou-se, tentou conversar meio monossilábico. Fer boa de conversa (e muitos outros atributos) puxava assuntos e mais assuntos, falava com facilidade e tornava as coisas mais fáceis.

Ito nunca saberá ao certo o que falou neste tempo em que só conversavam.

Lembra perfeitamente do beijo e de ter feito uma única pergunta a respeitos dos seios dela:

- Silicone?

- Imagina, toca pra você ver.

Tonto com o convite ele tocou levemente com o dedo indicador.

Destemida Fer pegou a mão dele e colocou embaixo do próprio seio

– assim ô.

Com o rosto parecendo um pacote de colorou sentiu como se estivesse com um pudim de leite condensado na mão e sem coragem para degustá-lo. Era como se tivesse buscado o troféu e agora não sabia o que fazer com ele.

Totalmente sem jeito pediu um tempinho.

Em passos largos deixou a igreja, a porta fez aquele tradicional rangido enquanto o vento a empurrava forte de volta.

Se afastando ouviu a pancada e sentiu covardia e alívio.

Talvez não nesta ordem. Que caminho tomou ninguém sabe.

O que é público, sabido e notório é que os peitos de Fer continuam lindos... Muito lindos.

Moacir Luís Araldi
Enviado por Moacir Luís Araldi em 25/06/2015
Código do texto: T5289944
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