UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O BOTAFOGO PROTAGONIZADO POR MIM

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O BOTAFOGO PROTAGONIZADO POR MIM

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Quando o Botafogo retornou a sua sede General Severiano numa ausência as suas raízes mais quase que trinta anos, em 1995, houve uma celebrada comemoração, nesta festa eu, Paulo Roberto Giesteira Beto, estava lá, vestido todo de preto e branco para festejar com este feito. E por acaso encontrei perdido nesta festa uma montoeira de craques e ex-craques botafoguenses, dentre eles encontrei, o grande Goleiro Ricardo Cruz Cerqueira, aquele mesmo do timaço de 1989, que foi campeão daquele ano no Maracanã, que alcançaria uma trajetória de quase que 21 anos sem título de campeão, no que foi campeão invicto, com a defesa menos vazada, e o ataque mais positivo, com um gol de Maurício camisa 7, aos 12 minutos do segundo tempo. Numa bola recebida de Mazolinha no seu 12° cruzamento, e na sua Décima segunda intervenção ao gol do arquirrival e freguês Flamengo.

Nesta mesma camisa 7 que imortalizou Paraguaio, Garrincha, Jairzinho, Rogério e tantos outros... E quando eu o vi nomeio a aquela festividade entre a multidão, lhe disse em voz alta: - Grande Ricardo Cruz cerqueira, se não fosse você naquela cabeçada do Bebeto, na decisão contra o algoz Flamengo, em seu segundo jogo da final, numa melhor de três partidas, na noite de 21 de junho de 1989, o Botafogo poderia até ganhar, mas a história seria outra.

E aí, este grande goleiro me olhou pra saber com quem estava falando, e uma lágrima saiu dos seus olhos, e escorreu pelo seu semblante saudosista, dando para notar que ele não a me conhecia, mas que coloquei uma lembrança saudosa em sua recomendação.

No que ele me respondeu: - Tempo bom, tempo bom...

No que aí eu completei: - que não volta jamais, mas que ficará eternamente guardado no coração apaixonado de cada alvinegro da Estrela Solitária.

E aí ele chorou de novo e nos abraçamos.

E ele pouco tempo depois foi para um lado, e eu para o outro, dentro da dimensão da festa. Neste jogo que houve um recorde de telespectadores exorbitante pra aquela época para o Brasil, e que foi constatada a primeira grande festa ou a maior, feita por qualquer agremiação desportiva ou clube, sem nenhuma tumulto, registro médico ou policial, e nem de polêmica extra judicial. Também iniciou um novo ciclo de uma nova geração de títulos inéditos, e de craques com características diferenciadas dos demais realizados no passado, dentro do Botafogo.

A partir desta decisão registrou o início das grandes demandas de atletas a se transferirem para o exterior por procura de maiores e melhores salários, e do refugio as desordens que imperava no nosso futebol, que conduziu as flagrantes realidades que são hoje em dia. E consequentemente a degradação de produção de grandes zagueiros, que a partir desta data, só produzimos craques limitados, que transparecem somente em jogos fáceis ou de poucas expressões, ou mesmo de auxílios de arbitragens tendenciosas.

Naquela noite foi documentado que depois do jogo contra o Uruguai, na Copa de 1950, em que o Brasil, perdeu este feito por ser derrotado por 2 x 1, com um gol de Ghigia, em cima do Nosso goleiro Barbosa, em que este estádio em peso chorou.

Neste dia também o estádio por sua maior metade chorou.

Chorou pelo fato de se arrastar por longos anos sem título, e por esse clube esportivo ser muito injustiçado, perante uma nação ingrata, que elaborava campeonatos, que eram feitos e realizados com o intuito direto de lhe prejudicar, para que beneficiassem clubes, aqueles mesmos que mais armavam sobre as manobras extra campo, neste mundo subterrâneo do nosso futebol. Pois desde a copa de 1950, não houve tanta lágrimas registradas em jogos de clubes desportivos ou mesmo de seleção.

E o Goleiro Ricardo Cruz foi um dos autores deste feito, pela sua defesa milagrosa sobre uma cabeçada que buscava o ângulo do nosso gol, no que sobre a qual ele fez o resguardo, com uma de suas mãos trocadas colocando pra escanteio.

No que logo em seguida no décimo segundo contra ataque, saiu o nosso tão esperado gol, colocando um basta em todo o nosso sofrimento.

E o Nosso Botafogo voltou a ser vitorioso de novo, conquistando muitos outros títulos, sobre a qual nos deu respeito futebolístico por uma nova era de esportividade nacional e internacional, a que merecemos por jus e reconhecido respeito.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 23/04/2015
Reeditado em 19/02/2017
Código do texto: T5217004
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