A CASA DAS SETE MULHERES

O apreço, o carinho e o cuidado que eu tenho com o gênero feminino se deve muito ao fato de ser irmão de sete mulheres. E elas invadiram o meu universo com as suas particularidades literárias.

Na adolescência foi assim: eu lia Voltaire, Machado de Assis, Eça de Queiroz, Graça Aranha, José Lins do Rego, Honoré de Balzac, mas lia também Capricho, Grande Hotel, Sétimo Céu, Barbara Cartland... conhecia as lindas atrizes italianas Katiuscia, Marina Coffa e Michella Roc, por quem me apaixonei. rsrs Eu não sei como isso era possível, mas lia. Se não me engano, o poeta Lau Siqueira, atual Secretário de Estado da Cultura da Paraíba, também lia fotonovelas.

Findei por criar simpatia pelas historias de amor. Não poderia ser diferente, poderia? Em Curitiba tenho dois queridos amigos que me lembram essas histórias bonitas: Jose Butenas e Socorro Butenas! Ele, caminhoneiro, viajando o Brasil todo, passado na casca e na gorda, como se diz em Itabaiana; ela, nordestina de Alagoas, meiga, ingênua. Butenas vê aquela joia do Nordeste e não se aguenta! Troca toda a sua vida esfuziante por um amor calmo e sereno. Ela também troca o seu Nordeste, quente, pelo Sul, frio! E vivem felizes! E vão morar no Céu! Não é lindo?