“VENDO A PLAYBOY”
Calma!
Não estou vendendo a revista!.
O verbo aqui, é o ver, no gerúndio e não o vender, no indicativo presente.
Isso esclarecido, segue outro esclarecimento, não menos inútil!
O título deste comentário (de indisfarcável cinismo) até que poderia ser “A AUTONOMIA DE UMA BUNDA”, mas soaria um tanto apelativo...
Um tanto agressivo ao “pudor”, aquele mesmo que habita a catedral da NOSSA hipocrisia, esta que me condiciona a não admitir em público que eventualmente faço, o que estou fazendo agora, na privacidade de meu escritório...
Folheando a Playboy (e babando... detalhe que quase deixo de registrar, por obviedade)!
Isso revelado, vamos, enfim ao que interessa (com duas notinhas de rodapé idiotas)...
Não sou assinante dessa revista (assino Veja e a última – sobre o concubinato de NOSSO ilustríssimo presidente do Congresso com uma construtora – ainda nem consegui concluir a leitura), mas as vezes, induzido pelas “belas entrevistas" (o que estiver entre aspas, não leve muito a sério, viu?) que se encartam, geralmente, bem no meio de duas B (como era mesmo a palavra que eu não queria utilizar no título?...)
Mas o que me levou a comprar a desta semana (em que aparece a cara de uma ex-bbbesta , atrás de uma enorme B), por menos crível que pareça (1), na foi a “dita cuja”, mas a expressão da “dona” dela (ou pretensa dona)...
É sério, vejam a propaganda escancarada nas bancas de revista e vão concordar comigo ...
Há algo de enigmático naquela expressão, naquele sorriso à “Mona Lisa”(2), que transcende o que expõe, e as circunstâncias em que a cena deva ter sido concebida, no instante do registro fotográfico...
Parece haver um oceânico distanciamento entre a face e a retaguarda, da mesma persona.
Uma parece não reconhecer, nem se submeter ao domínio da outra...
A primeira, enigmática, parece não ter consciência ou mesmo noção de que toda aquela protuberância que, na foto se destaca, lhe pertence SIM, integra seu corpo... E com tal distanciamento permite manter-se alheia à quebra da intimidade...
A outra, que na fotografia se aflora exuberante e com "consciência" avantajada (eita! cretinice indomável!...:), parece ciente de ser a “razão de ser” da outra e dela aparenta manter uma autonomia e até uma certa arrogância, típica de dono da bola de futebol de campinho de várzea...
Ou joga, ou não tem jogo...
E ambas, dividindo os mesmos espaço e atenção, se rivalizam, independentemente... vencendo a dona da bola...
Enquanto vocês refletem sobre essas profundas indagações, vou rever a “matéria”... da entrevista desta semana...
Ah!., depois vocês me contam quem era mesmo o entrevistado...:)
(1) Se você não acredita na minha afirmação, não se preocupe, porque eu também ainda estou tentando me convencer disto!
(2) Mais até que isto! Pois creio que consegui desvendar o “enigma” do sorriso da Mona. Foi em set/2005, quando a vi de pertinho (no Louvre, em Paris), imediatamente passei a comungar da tese de que se tratava de um travesti... Daí, um passo interpretativo e... tchau enigma: aquele sorrisinho amarelo é por que ela (ou ele?) estava usando uma calcinha (ou cueca?) muito apertada comprimindo os Olhos... (outra palavrinha daquelas que todos sabem – até as galinhas, que botam todo dia – mas a hipocrisia me recomenda omitir...:)