O COMEÇO E O FIM DE TODOS

O COMEÇO E O FIM DE TODOS

EU ASSIM.

Naquele ventre um pedaço de gente, tão bem concebido estava a morar./

Fagulhas de amor de um pai genitor./

Aos berros gritando vermelho de sangue estava chegando mais um familiar./

Nesta casa pequena em vim pra ficar./

Eu cresci e sobrevivi./

Nestes caminhos desta vida me lancei, demorei entender a razão de ser./

Este mundo; esta grande oficina até que tardia aprendi as lições, me rendi a quem me ensina./

Um dia acordei, trabalhei, escutei o chamado, me levaram ao trabalho, progredi, minha mente, o equilíbrio, tempestades; ventanias que entoaram forte, vergou-me não me quebrei./

Os sonhos povoaram meus sonos tranquilos, meu travesseiro, minha consciência me banhou desta unção, não vi Deus, não sei onde encontrar, dizem que está ali, acolá, ele não ouço, a brisa mansa sim vem de lá./

Meus passos, quantas pegadas dês dos primeiro andar, não sabem onde levará./

Meus pés um dia de sola pra cima, o fim desta sina, aonde vou me acabar./

Um sopro, alguém lá alto me chama, agora eu... jaz./

Sobre os verdes gramados, ali sepultado, soterrado junto ás vaidades, agora de que adianta o salário, as rugas no rosto, minha amada em choro, amigos em prantos, a morte fingida com golpes certeira me veio a ceifar./

Antônio Herrero Portilho/25/11/2014.

Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 25/11/2014
Reeditado em 09/10/2015
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