Desesperava
Fico brava quando a emoção me vence. Me irrito quando não consigo controlar os impulsos que normalmente me colocam em ciladas. Antes eu me desesperava. Hoje até que lido bem com as minhas responsabilidades. Escolho o que quero viver e sei que nem tudo são flores, sendo assim, não me vitimizo quando tudo dá errado e a vontade de descobrir se de fato há vida em Marte me consome. Não fujo dos sonhos que alimento. Nem dos sentimentos altamente embaralhados que só fazem sentido em silêncio, porque quando ditos ou demonstrados me assustam diante sua intensidade e sua verdade. Me sinto uma verdadeira bomba relógio, prestes a explodir a qualquer sinal de amor. É. Não é sempre que corações sinceros me acolhem apesar dos dramas e das minhas manias exageradas de sentir na pele até a última gota tudo aquilo que me faz acreditar. Eu sou atrapalhada demais para adiar desejos que podem desencadear novos roteiros. Arrisco sem medo, sem vergonha na cara. Depois me remendo entre uma queda e outra ou um desencontro e um adeus de canto.