Mar de água doce
Ó água salgada justafluvial
que jusante para um rio de água doce,
Quiz matar a sua sede em águas cristalinas,
No primeiro gole estranhou o seu gosto,
No segundo gole não distinguiu o seu sabor,
No terceiro se embebedou por tanto ansiar-se.
Se desculpou com o rio que tão bom o perdoou,
"Ó rio tão límpido, tão inodoro e tão incolor,
Perdoa por tirar de mim as agressões da vida,
E devolver-me a liberdade e o pudor".
De Rute Gonzalez.