Skol Birinight com Beatisdão
De uma crônica recente deste que vos escreve: “Contra ponto da Crônica do Ponto Final com Redundâncias”, achei melhor separar o trecho abaixo de forma a enfatiza-lo e principalmente diminuir o esforço do leitor daquele enorme texto apresentado. Afinal estamos na Internet sendo aconselháveis textos curtos.
Outro dia me deparei com certa propaganda de cerveja dita noturna e estranhei aquelas pessoas se apresentarem de ponta cabeça. Mais ainda de seu nome constar beats que em inglês é batida. Afinal, me pergunto se é cerveja ou caipira disfarçado de loira? Sim uma batida certamente lembra caipirinha de limão, daquela letra de musica que recomenda “toma uma que você fica bão”. Depois, será que os frequentadores dos pontos noturnos gostariam de ser chamados de vampiros? É o que parece quererem impingir a estes consumidores. No entanto, pelo que sei, estas ditas criaturas noturnas não querem saber de sangue e sim de sugar, antes no sentido figurado e depois literalmente, aquelas loiras estupidamente geladas com ou sem colarinho. Porém, justiça seja feita, nem sempre frias e estúpidas, como injustamente são tratadas nas piadas.
Pensando nisso, me lembrei do termo birinight e na dúvida, visto o Word ignora-lo, verifiquei o que o Google tinha a dizer e saiu: “Bebida Alcoólica. Morfologicamente há a junção das palavras birita + night, sendo, portanto um processo de cruzamento vocabular.” Haja sexo consentido! E vocal vem de boca e não adianta burlar o termo... Portanto, pode-se deduzir, pela bula citada, ser uma bebida noturna internacional, resultado de cruzamento de brasileira com americano, acontecido na calada da noite em avançado estado etílico de tanta birita. E eu que pensei que era invenção dos jovens daqui, sempre dizendo que o melhor da noite é o Birinhight. A droga do outro significado da palavra deixo de comentar por motivos óbvios.
Pior é a intriga da oposição de que o ato foi consumado embalado pelo funk batidão (agora de outro tipo de batida), aquela coisa horrorosa com batida repetitiva e atropelando as letras ao pé da letra. Até parece coisa de repentista acelerado, desesperado, alucinado, tratando de assunto favelado (parece que andou rimando, quem sabe dá funk). Incomodou tanto os demais usuários do motel, ainda mais fazendo contra ponto com aqueles gritos característicos do ato, de tal forma que fez-se necessário chamar a policia, o que acabou servindo de tema para mais uma música deste ramo caótico e policialesco. Pelo menos depois, os demais hospedes puderam serenamente e silenciosamente continuar nos atos, apenas com seus gemidos.
____________________________________________________________
Leia este e os outros textos em: http://pauloazze.blogspot.com.br/