OH! REBUCETEIO
No ano de 2014, passou na Rede Globo uma novelinha chamada "O Rebu", protagonizada por aquela lindinha teuto-brasileira chamada Sophie Charlotte, cujo nome é mais do que um cartão de visita, é um envolvente videoclipe com molho temperado, uma logomarca estética. Resolvi repetir a crônica, pois está em sintonia com o Estado, o País e o Mundo, de algum modo, na linha daquele filme italiano que já comentei aqui, La Grande Bellezza, de Paolo Sorrentino. Quanto ao seriado, logo concluí que se tratava de adaptação (remake) da antiga novela O Rebu, de 1974, a que, se assisti, nem mais lembro. Não devo ter visto, pois tinha filho pequeno à época e uma coisa não combinava muito com a outra. "Rebu" quer dizer grande confusão, rebuliço, e, segundo a Wikipédia, abreviação de “rebuceteio”, que, segundo registraram naquele espaço, seria um conjunto de mulheres bonitas. Na verdade, creio que a expressão deriva do célebre colunista social Ibrahim Sued, do mais alto renome e prestígio no país, que a utilizava para designar confusão, bagunça, briga, pancadaria, tal como adotado na novela da Rede Globo. Era uma gíria dos anos 70. Mas, em 1984, surgiu um filme nacional, que não era de sacanagem e que se chamava justamente "Oh!Rebuceteio", considerado uma mistura das famosas peças teatrais Oh!Calcutá e Chorus Line, com cenas de sexo reais, e dirigido por Cláudio Cunha. Aliás, conforme li, ganhará em breve versão em 3D. Rebuceteio é tido como um clássico nacional da libertinagem e, portanto, é oportuno e interessante que as pessoas conheçam o assunto, mesmo sem uma penetração mais profunda na intimidade térmica ou no fulgor de sua estética. “Oh!Rebuceteio” seria, então, o despertar da libertinagem no cinema, com valor artístico. Repito: a crítica especializada nunca aceitou que a obra fosse classificada como pornografia. O filme é basicamente a história de vários atores que disputam o principal papel teatral de um diretor bastante avançado. Não assisti ao espetáculo, não faz muito meu gênero (apenas conferi passagens no Youtube), mas gostaria de saber como deverá repercutir nos tempos de hoje em 3D. Só o título já deve valer o bilhete de entrada. Seja como for, aqui pra nós "nas internas", generalizando, a coisa toda tá ou não tá um grande rebuceteio!?