CUIDADO : ESTÃO NOS VIGIANDO
Cuidado: Estão nos vigiando
Em 2010, eu iniciava minha participação num grupo de estudos sobre o Socialismo na América Latina vinculado ao CNPQ pela Universidade Federal da Paraíba.
Originado do curso de administração, me deparei com um povo esquisito de ciências sociais, filosofia e história, incluindo os professores. Um era americano, uns 80 anos de idade e 70 de América Latina. Outro era chileno, amigo dos Allendes e do poeta Neruda. Ainda tinha mais dois professores, um argentino e outro paraibano; ambos especialistas em México, principalmente na parte sul onde vivem umas comunidades rebeldes e independentes do resto do país.
Passei 06 meses naquele grupo. Tempo este que estudamos alguns dos principais temas nacional e latinos como a questão agrária e os golpes militares. Entre os livros, dessecamos As Veias Abertas da América Latina de Eduardo Galeano.
Pois bem, num reunião o palestrante foi um professor de História Latina Contemporânea. Um russo da Unb. Sua fala foi essencialmente sobre a influência dos EUA em nós, latinos americanos. Relembrou o golpe sofrido por Manoel Zelaya, então presidente de Honduras, e o relacionou com outros golpes, como por exemplo, o do Paraguai, e a tentativa de golpe na Venezuela, no início do governo de Hugo. Sempre fazendo o paralelo com a realidade Brasileira: Não estamos livres de uma intervenção armada dos “Americanos.”
Ele também alertou para a revitalização de uma frota naval americana da II guerra mundial que percorria o oceano Atlântico, inclusive a nossa costa e, que tinha a capacidade de navegar do norte ao sul em 48 horas com capacidade para 15 mil homens: a 4º frota. E lançou a subjetividade no ar: Para o que eles estão se armando?
Depois ele nos deu um alerta,que logo no início pensei que era brincadeira: “Gostaria de todos tivessem deixado seus aparelhos de celulares em casa, já como não foi possível, peço que os desliguem, falou em meio à risadas.” Mas por quê? “Suspeito que a inteligência do Tio Sam esteja nos espionando. Tomara que eu esteja errado.”
E não é que o russo estava certo.