MORRE UM ESCRITOR, FICA A SUA ALMA
Homenagem ao imortal Gabriel Garcia Marques.
Morre um escritor, um criador de histórias, um arquivo, de mundos e de reflexões. Morre um escritor, e com ele um universo de respostas às indagações da vida, uma enciclopédia de receitas e lições que nunca serão sabidas. Morre um escritor, e com ele a sua chama da elucubração, os segredos profundos da alma e a centelha movedora da sua inspiração. Morre um escritor, despede-se não só da vida, mas de sua obra, infinitamente inacabada. Morre um escritor, morte sempre súbita, arrebatada da criação. Morre, porém, a matéria que lhe compõe, porque se opõe a alma, enterrar a sua arte, que com ele nunca parte, porque intangível, imutável e eterna. Morre o autor, permanece a autoria, como prole, feita arte, lapidados pensamentos, da vida que se viveu, em tudo que ele escreveu, para a gora ser saudade, na mente de quem o leu. Ao grande literato Gabriel Garcia Marques.