NEBULOSIDADE CORTINANDO INCERTEZAS

Neste momento, o Brasil experimenta um estágio político que não se preparou para viver e até desdenhou da possibilidade. A consciência, em algumas cabeças, adormecida, reage a indagações bem simples: o que eu represento no computo do todo? E a resposta é igualmente simples: sem a minha parte não há o todo. Então, eu faço parte do todo, logo, sou alguém. Na qualidade de alguém, sou também, aquele para quem as ações se dirigem. E concluo, por fim, que sou sujeito. Sujeito de direitos, e como tal, legitimado para insurgir em face de quem, sob o manto da outorga, subtrai a minha pequenina parte do meu direito. Na aliança da qual faço parte, há a supremacia do respeito ao direito da maioria. Neste instante, foram subtraídas de muitos e negadas a outro tanto, as pequeninas porções de direitos, que no computo geral, gera a insatisfação da maioria. E não se trata apenas do quinhão valorado economicamente, porque ele atinge outros valores, como da ética, da moral, da credibilidade, da confiança e da Justiça. Neste instante, o Brasil padece pela ausência de autoridades. Autoridades em todos os campos do gerenciamento político e da gestão pública, autoridades que exerçam, na plenitude, os seus papéis, com justeza, coerência, responsabilidade, compromisso, sobretudo, sem autoritarismo, sem os vícios da corrupção, do apadrinhamento, do clientelismo, do populismo e do assistencialismo dominador, faccioso. Autoridades que seja veemente e eficaz onde quer que tenha que atuar. Autoridades que não se esquivem, não "empurrem com a barriga" e nem se omitam quando forem chamadas. Autoridades que valorizem o seu oficio, zelem e fortaleçam as instituições. Autoridades que não sejam apenas vedetes para os holofotes da mídia, e nos seus cargos, sejam probas e não vislumbrem dele apenas proveito. Estamos carentes de indivíduos probos, honestos, no que dizem e no que fazem, para fazer gerar credibilidade e confiança, e com isso, conquistar admiração, adesão e apoio da sociedade. Precisamos, urgente, de autoridades que digam o que se quer ouvir e que façam o que precisa ser feito. Autoridade que demonstre segurança e credibilidade nos seus atos, que sirva de espelho e modelo para os que virão. Por fim, precisamos somente que as autoridades façam jus ao nome que levam, e como sujeitos, se dignem a praticar os atos que lhe são delegados, dentro dos contornos da lei, da coerência e com senso de justiça. Precisamos de Autoridade (sem autoritarismo), Honestas, pra fazerem um novo Brasil.

Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 26/02/2014
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