Educação ambiental
Cuidar da Natureza não deve ser privilégio dos poucos indivíduos que se intitulam ambientalistas, mas sim um dever de todos os cidadãos preocupados com as mudanças de atitudes que se perpetuam, indiscriminadamente, em prejuízo do Meio Ambiente: os desvios climáticos; o desflorestamento; a poluição do ar, dos solos e das águas; a sede e a fome; as pestes e tudo aquilo que afeta a pessoa humana na sua dignidade. Nos dias atuais, estes problemas alçaram um patamar de alta gravidade, impossível de ser ignorado. O jogo é de vida e morte... do Planeta Terra!
O fenômeno da globalização, em ritmo frenético, complica o estado das coisas. É o que se depreende da exploração inapropriada do capital natural, submetido ao desatino daqueles que se preocupam com o enriquecimento próprio. Jogam-se ao azar princípios de sustentabilidade que deveriam constituir-se em fonte de inspiração constante na busca do desenvolvimento e satisfação das necessidades presentes, sem o comprometimento funesto dos recursos naturais e sem prejudicar o direito das vindouras gerações, permitindo-lhes vivenciar suas indigências, num planeta saudável com seus ecossistemas resguardados.
Fazer ouvido mouco à conscientização ecológica é contribuir para a destruição da humanidade; é negligência de cada ser humano que se coloca em estado de inércia. Imperioso radicar esse analfabetismo ecológico que nos distancia da vida benfazeja. O be-a-ba do amor à conservação da Natureza urge ser implementado no coração das pessoas, desde a mais tenra idade, no afã de desenvolver cidadãos conscientes.
Necessário o incremento de uma política grupal de preservação do meio ambiente, com fulcro na solidariedade humana. Este plano de conscientização pode materializar-se por meio de projetos de habilitação, constituição e intervenção de pessoas capacitadas junto aos grupos populares, no intento de revisar costumes viciosos de consumo. A ética da cautela, da prudência e da vigilância constantes, incutida no espírito humano, despertará referenciais novos de postura que possibilitarão o reencontro do ser humano com a Natureza.
Proteger a Natureza-Mãe é dever obrigatório de cada cidadão, sendo necessário que se consolide através da implantação eficiente e eficaz da Educação Ambiental no seu dia a dia. Neste sentido, o Brasil inaugura na América Latina uma política nacional específica para a Educação Ambiental e esta vitória é fruto da luta incansável de pessoas que amadurecem seus espíritos nesse sentido e espalham incansavelmente as sementes da consciência ecológica no íntimo de cada brasileiro. Esses mentores ambientais interferem na problemática ambiental com entusiasmo, espírito de solidariedade, igualdade e respeito à diferença, desempenhando ações interativas com o escopo de indicar novos estilos de vida. Na realidade, contribuem para o estabelecimento de uma nova História, na qual a relação homem-natureza se perpetue na descoberta de novos sentidos à permanência dos seres humanos na face da Terra.
*** Texto escrito para constar de uma prova da disciplina Direito Ambiental.