Foto de Feitosa dos Santos

Que tenham todos um prospero e Feliz Ano Novo

QUEM FUI EU EM 2013?
 
O que mais me chamou a atenção no ano de 2013 foi a pessoa humana; trilhando novas veredas, perfazendo caminhos até bem pouco tempo considerados inóspitos por toda a sociedade, expondo-se a limites extremos do ponto de vista afetivo e emocional.
Mesmo assim, a dificuldade no relacionamento interpessoal foi a faceta que mais se destacou aos meus olhos, em todos os aspectos da convivência social.
Parece-me que o ser humano, acumulou muitos dissabores no decorrer deste ano que finda. Há um quê de revolta, uma aspereza na voz humana, há um descontrole nas atitudes das pessoas, deixando de existir a velha e boa cumplicidade do olho no olho, até pouco tempo tão usada.
O que está ocorrendo conosco? Somos nós os brasileiros ou o mundo inteiro mergulha nesse pântano?
O que há por trás de tudo isso? Por que as pessoas agem com impulsividade? O mundo sempre conviveu com esses desajustes, ou a modernidade provocou essa desordem? 
No trabalhos, nas ruas, nas praias e nos próprios lares as pessoas sofrem overdoses de imposições descabidas, por pessoas de egos inflados, por politicagem desmedida, por disseminação do medo via ameaças e desmandos de toda a natureza.
Observa-se essa tendência agressiva das pessoas, uma desconfiança que beira ao extremo, um pé atrás, como se costuma falar, a tudo que se nos apresenta em todos os aspectos.
O olho no olho quase não mais existe, as pessoas não mais se detêm diante de um bate papo, conversas informais, a argumentação só é valida em beneficio ou defesa própria e por ai afora.
Já não esperamos o melhor do outro. Cabe-nos surpreender apenas, quando esse outro produz um fato extraordinário. Na realidade, esperar o melhor do outro e de nós mesmos deveria ser corriqueiro, natural, uma constante na vida do ser humano. Infelizmente isso não ocorre. Estamos sempre buscando a retaguarda, na defensiva, esperando que o pior ocorra.
Como, quando e onde se perderam a esperança e a polidez da pessoa humana?
Chamo a atenção para algumas das virtudes, hoje inversamente em voga entre as pessoas de modo geral. O Orgulho ao invés da Humildade; a Inveja em vez da Caridade e do Amor; a Ira ao invés da Mansidão; a Preguiça na vez da Diligência; a Avareza em vez da Generosidade.
Vale a meditação sobre o tema. Vale a observação dos pontos destacados.
Onde queremos chegar? Que caminho eu deixarei para as futuras gerações? Lembre-se a amplitude desse caminho depende das atitudes tomadas agora.
 
                   Rio, 28/12/2013
                 Feitosa dos Santos