Gene maldito

A última eleição para presidente da República foi há quase quatro anos. À época, escrevi opinando sobre a equivocada escolha do eleitor, ao sufragar o nome de Dilma Rousseff. Em muitas oportunidades, informado por diversas vias midiáticas, discorri sobre a contribuição que ela teria dado para ceifar a vida de pessoas inocentes.

“A mãe Dilma”, assim tratada por beneficiários dos programas eleitoreiros do governo, jamais foi a santa criatura concebida por infelizes eleitores, despreparados, desmemoriados e encabrestados pela escória política nacional.

Dilma está mais para madrasta. Ela pode até ser mãe, mas a mãe desleixada do PAC, pois não consegue executar, tempestivamente, as obras a que se propôs realizar. Em lhe sendo atribuída por incautos eleitores a maternidade figurativa, não passaria de uma mãe desnaturada, cruel, destituída de sentimentos maternais e humanitários, pois, como dizem, teria ajudado seus asseclas a ceifar a vida de inocentes patrícios, defensores da liberdade. Considerá-la mãe da nação brasileira, nunca! “Quem ama não mata”.

Dilma é filha natural de Pétar Russév, rebatizado no Brasil como Pedro Rousseff, comunista búlgaro que por certo lhe repassou o gene guerrilheiro. Participou da facção vermelha denominada Política Operária e integrou as hostes do Comando de Libertação Nacional. Assaltou o Banco da Lavoura de Minas Gerais com seus companheiros de guerrilha e, com eles, ainda roubou dois milhões de dólares do cofre da amante do governador Ademar de Barros, outra figura espúria do cenário político brasileiro.

Conhecida por Joana D´Arc da subversão, Dilma foi delatada por José Olavo Leite Ribeiro e presa em um bar na Rua Augusta, em São Paulo, “armada até os dentes”. Traída, adotou o mesmo expediente, entregando seu amigo Natanael Custódio Barbosa à polícia. A traição parece ser comum aos petistas. Comenta-se – se verdade não sei – que o prisioneiro José Genuíno dedurou alguns companheiros de guerrilha aos militares da repressão, no Araguaia. Quanto a Lula, está sendo denunciado pelo ex-secretário de seu governo, Romeu Tuma Júnior, em livro intitulado Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado. Ele teria sido informante do DOPS, órgão da repressão do regime militar.

Dilma tem duas paternidades. Quem a gerou geneticamente foi Pedro Rousseff, aquele comunista búlgaro, citado no início desta crônica. O segundo pai da atual presidente da República é Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é sua cria, gerada no âmbito político. Dois pais, ambos de caráter restritivos. As raízes genéticas de Dilma não são grandes coisas. O pai biológico foi um ilustre desconhecido. Quanto ao outro, não ouso debulhar-lhe as qualidades, por serem medíocres e duvidosas.

Se Lula dedurou seus companheiros, delatando-os ao DOPS, e Dilma traiu o amigo Natanael Custódio Barbosa, entregando-o aos militares, como teria feito José Genuíno com componentes da guerrilha do Araguaia, o que esperar dessa gente? Como nada de bom virá dessa confraria criminosa, intitulo esta crônica de Gene Maldito.

Cria significa filho. Em sendo Dilma, sob o aspecto político, filha de Lula, importa dizer que ela herdou muito de suas características pessoais. Uma herança maldita. Somando-se as qualidades herdadas do pai genuíno (a expressão lembra o mensaleiro merecidamente condenado à prisão) com as do genitor bastardo, chega-se a um resultado próximo ao encontrado pelo historiador Marco Antonio Villa, exposto em seu livro Década Perdida, no qual esmiuçou as incoerências, descumprimento das promessas eleitorais, realizações pífias e os desmandos cometidos nos dez anos de administração petista.

A genealogia tem por objeto estabelecer a origem de um indivíduo. Por isso, costumamos afirmar: "Dize-me com quem andas que te direi quem és". A genética, ciência que estuda a hereditariedade, é coisa séria. Se o gene for maldito, maldito será todo o proceder do dono.