O mais lindo por do sol do ano.
 
A coruja cheia de preguiça esticou a asa e a perninha esquerda e ensaiou um alongamento, ficou acordada a noite inteira como de costume; trocava o dia pela noite, costume destas aves noturnas que só pega no sono durante o dia, quando chega a tardinha ela sai pelos campos com voos rasante a poucos metros dos capinzais emitindo aqueles gritos horripilantes causando arrepios a quem ousar expor os ouvidos a estes sons.
Aquelas nuvens brancas que a pouco estava iluminada pela lua agora parece estar ganhando os reflexos dos primeiros raios solares... Pouco; mais já começa surgir um alaranjado no horizonte, tudo indica que hoje será mais um dia de intenso calor, apesar desta madrugada trazer esta brisa refrescante devido este chuvisqueiro molhar esta relva que agora exala um cheiro de terra molhada.
As corujas e os morcegos voaram em direção do paredão de rochas exposta ali as margens do rio, eles adentram por entres as aberturas nas junções que existe entre as pedras sobrepostas e acabam por se acomodar em uma pequena caverna que abrigam todos estes bichos que permaneceram acordados durante a noite.
Enquanto isso surge os ruídos da natureza, as folhas que caem, os animais de pequeno porte começam a transitarem por entre as trilha, coelhos e até os barulhentos chipanzés apanhando as frutas silvestres disputando espaço com as araras e outras aves trepadeiras.
O grande ipê amarelo já dispensou quase todas as flores douradas, os galhos além de grosso e forte está com pouca folhagem; quase seco e a cerca que divide as pastagens passa por ali até pregada ao tronco, fixado com alguns grampos nesta madeira densa e firme.
O sol amarelo acabou de despontar e pelo ângulo de visão está pouco acima das estacas da cerca, nesta manhã encantadora exibindo como se fosse uma pintura das mais bem elaborada pelo maior pintor de todos os tempos; o pai da natureza que cria este quadro de beleza incomparável.
Como um mistério divino a passarada parece que já sabia que surgiria este lindo amanhecer e aos poucos deixavam suas acomodações e voavam em direção do horizonte rumo ao poente; iam aos bandos, der repente o céu ficou repleto de aves que sobrevoavam estas paisagens, além do rosa cintilante que os raios do astro rei refletia como fundo desta paisagem maravilhosa também variadas cores da plumagens que contrastava em uma nuança esplendorosa.
As corujas noturnas e os morcegos não estavam lá para apreciar este acontecimento memorável, foram repousar; trocar o dia pela noite, perdeu.
As garças brancas nem precisou desloucar de seus lugares; pois a arquibancada deste espetáculo eram mesmo ali onde elas já haviam passado a noite.
Quando o sol colocou-se toda seu círculo fora da linha do horizonte e demostrou toda sua exuberância, mostrando-se ser dono desta figura linda e admirado por todos os seres viventes. A partir dai começou um novo dia e aquelas centenas de aves que ali estavam sentadas com os olhos fixo neste acontecimento; o por do sol, começaram a bater as asas, primeiro começou com uma e depois a outra e logo estava todas batendo as asas assim como se estivesse aplaudindo este acontecimento mais sublime da natureza, faziam ôla como um evento comemorativo próprio do ser humano.

Isso tudo ficou marcado nos anais da historia como o dia mais lindo do ano.

 25/10/2013
antonio herrero portilho às 10/25/2013 05:57:00 PM
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 26/10/2013
Reeditado em 24/04/2019
Código do texto: T4542375
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.