Voto responsável
(Publicada no jornal Folha do Sudoeste, seção Ponto de Vista, Jataí, Goiás, 31-08-94)
Em 3 de outubro próximo haverá em todo o Brasil a maior eleição da História Brasileira, onde serão escolhidos desde o presidente da República até o deputado estadual. O ajuntamento dessas eleições teve como objetivo evitar que fossem realizadas eleições anuais, o que se tornava bastante oneroso. Em minha modesta opinião, o melhor seria se ainda houvessem eleições municipais, o que evitaria que prefeitos e vereadores ambiciosos deixassem seus mandatos pela metade para se candidatarem a outros cargos eletivos.
É através da eleição, processo democrático, que temos a chance de participar do Poder, ao elegermos, pelo voto, nossos representantes políticos. Portanto, cabe a nós eleitores escolhermos os candidatos ideais, os verdadeiros políticos, e separarmos o “joio do trigo”. Temos muitas opções, pois, são muitos os candidatos.
Nos últimos dois anos foram desmascarados pela imprensa nacional uma gama de políticos desonestos e corruptos, quando tivemos o “impeachment” de um presidente da República e, portanto, nestas eleições, temos a oportunidade de não os reelegermos, pois muitos estão impedidos pela Justiça Eleitoral de se candidatarem, por alguns anos, a quaisquer cargos eletivos; políticos estes que causaram escândalos ao votarem aumentos abusivos dos seus próprios salários e aposentadorias sem tempo de serviço, que desviaram verbas do orçamento, empregaram parentes e amigos (cabos eleitorais) causando inchaço ao Estado; por conseguinte o déficit público interno e externo; a riqueza do país nas mão de poucos (os tais privilegiados). Enfim, pagamos caro. Nós, cidadãos comuns, com a inflação, o desemprego, a falta de moradia, a precariedade nos setores de saúde, educação, etc.
O TSE – Tribunal Superior Eleitoral – precavido das fraudes e corrupções eleitorais de eleições anteriores impôs regras rígidas visando a veracidade e transparência nos horários eleitorais gratuitos de rádio e televisão. Eis as proibições: convidados, auditório, platéia, apresentador, vinhetas de abertura e de passagem entre o início e o término do horário de um partido ao outro, montagem de áudio e imagem que possa atingir candidatos ou partidos adversários, ou ainda que desvirtue a realidade e beneficie ou prejudique candidatos ou partidos, efeitos especiais com as mesmas injunções de montagem, e gravações externas. Nós eleitores precisamos ser informados da realidade de cada candidato, pois, não podemos mais ser enganados. Precisamos de políticos honestos e competentes, para que construamos um Brasil melhor. O nosso voto, como afirmou o candidato ao Governo petista Luiz Antônio precisa ser responsável.