AMOR NÃO SE EXPLICA, ACONTECE E VIVE-SE

O amor não se explica, ele acontece sem que se perceba ou planeje, simplesmente acontece.

O amor pode ser exato, mais não pode ser compreendido e muito menos ensinado pelo prisma da ciência exata ou empírica. Amor é intrínseco, próprio de cada um, todo amor é diferente, ninguém ama igual. O amor tem gosto, cheiro, cor e sabor diferente para cada ser... Sonhar um amor perfeito é fácil, difícil mesmo é encontrar um amor assim e ter a felicidade de vivê-lo.

Mesmo porque essas coisas de contos de fadas, príncipes encantados, caras metades, almas gêmeas só existem de fatos nos sonhos, contos e fábulas. Somente nos contos de fadas os príncipes e princesas são perfeitos e onde todos são felizes para sempre. Oras, esquecem-se de dizer que humanos tem defeitos. E já que somos humanos e precisamos da realidade para viver uma vida de verdade. Não informaram que príncipes e princesas, também mentem, traem, enganam e fingem a perfeição que não existe.

E nessa história de faz de conta, incutiram a ideia de que a vida só faz sentido quando se tem um príncipe encantado, uma alma gêmea ou uma metade da laranja... Não é verdade, nós já nascemos completos, inteiros e não há ninguém nessa vida que seja seu complemento, pois cada um de nós já está completo.

O que precisamos mesmo para deixar a vida mais bonita é de uma ALMA SEMELHANTE, essa em forma humana, que faz o nosso ser transbordar. Uma alma com qualidades e defeitos, pois somos imperfeitos, posto que somos humanos. Porém, quando encontramos a nossa alma semelhante passamos a enxergar a vida com uma cor a mais e o nosso dia fica muito mais bonito, mesmo quando está cinzento.

Tudo isso acontece, por que o amor é um sentimento mágico, que nos torna melhor e nos faz querer ser melhor a cada instante. Isso não é ciência, é vivencia. Quando amamos verdadeiramente um alguém, minimizamos os seus defeitos e maximizamos as suas qualidades, compreendemos que ninguém tem que ser igual aos nossos sonhos, com uma bola de cristal para adivinhar todos os nossos desejos e ter sempre em mãos uma varinha de condão para realizar as nossas vontades.

A nossa alma semelhante não tem a obrigação de carregar nas costas o peso da responsabilidade de completar o que nos falta como pessoa. Pois essa responsabilidade é nossa e de mais ninguém, e só encontrando o que nos falta, com o tempo, a maturidade e a responsabilidade de vivermos nossas conquistas e frustrações sem atribuir essa responsabilidade ao outro. Somos nós mesmos os únicos responsáveis por nossos erros e acertos pessoais.

O amor chega à nossa vida sem hora marcada e vem para nos transbordar e não para nos completar. Por isso é que o amor é um sentimento e não um objeto de uso pessoal. E quando esse amor é sentido em igualdade, se transforma de tal modo, que um oceano vida um rio, o qual, podemos atravessar de um pulo só, pois nos sentimos gigantes quando amamos e somos amados.

Quando amamos verdadeiramente, esquecemos os deslizes, perdoamos os lapsos e atravessamos as tempestades e mal tempo juntos de mãos dadas. Quem ama, não deixa para trás, leva consigo sempre. Não põe barreiras, e sim ajuda a removê-las, definitivamente!

Autor: Mery de Almeida.