O TEMPO O AMOR E DISTÂNCIA
O TEMPO O AMOR E DISTÂNCIA
Estou doente. Sei que estou. Sinto coisas esquisitas e estranhas, coisas, essas, nunca antes sentidas. E explicar? Como? Não há como explicar determinadas coisas. Os sintomas são diferentes de um mal comum. Sinto uma dor no peito, que não é física, um coração apertado, mais não como o aperto de uma grande e gosto abraço, um nó na garganta que explode e escorre pelos olhos.
Preciso de um médico com urgência, para não morrer sufocada por esse mal.
O médico perguntou:
- O que sente?
- Sinto lonjuras, Doutor, sofro de distância e estou a morrer de saudades.
- Vou lhe receitar, o TEMPO, pois somente ele pode trazer a cura.
Sai e fui à procura do tempo.
- Senhor Tempo, preciso de sua ajuda, pois estou doente e a medicina não pode me ajudar, o médico apenas me receitou o TEMPO, por isso estou aqui.
Disse o Tempo:
- Conte-me o que sentes.
- Sofro de distância, morro de saudades e sinto lonjuras.
O Tempo fez a sua análise.
- Compreendo tudo isso, e lamento mais sozinho, não posso cura-la, preciso do ajuda do AMOR, um pouco de PACIÊNCIA, umas gotas de BONDADE e uma dose de RAZÃO.
- Então estou fadada a morrer desse mal?
Não, disse o Tempo:
- O amor vive com a saudade, alimenta-se com bondade e paciência, a razão dá-lhe prudência e a compreensão o torna imortal.
- Compreendo tudo isso senhor. Mais por que o AMOR precisa do TEMPO, e o Tempo necessita passar com amor?
- Por que somente o tempo é capaz de compreender um grande e verdadeiro amor. E o tempo carece de um grande amor para fazer sentido a sua existência.
E somente assim, poderá haver a cura desse mal, que somente um verdadeiro e sincero amor nos faz sentir.