37- CRONICANDO: Aquele capacete (Notícias de ontem)

Aquele capacete (Notícias de ontem)

Geralmente não tenho tempo suficiente para assistir a tv, então para saber o que está acontecendo por ai, vou até a banca de seu Arnald, e compro dois jornais, um local e outro nacional. Primeiro, leio as crônicas e as tirinhas, as de Scott Adams são ótimas; folheio o resto a procura de algo que seja relevante, e encontro. Uma manifestação pacífica com centenas de milhares de pessoas em locais públicos. Adiante, vejo seis policiais agredindo um homem. Imagem que, provavelmente, rodara o mundo revelando o que representa do poder do Estado: truculência.

Fiquei indignado. Ele poderia ter sido eu. Aliás, já participei de inúmeras dessas manifestações pacíficas lutando por causas benéficas para toda a comunidade, inclusive terá uma dessas por aqui e já estou dentro.

A matéria do jornal faz questão de mostrar a ignorância daquelas "Otôridade". Para saber mais sobre o assunto vim à internet: "Manifestações em mais de 100 cidades do país." "Milhões de pessoas saem ás ruas para reivindicar seus direitos." "Brasil para diante de milhões de jovens." Mas também há "dezenas de ônibus apedrejados." "Lojas saqueadas e dezenas de manifestantes presos e feridos", mas nada do jovem espancado.

Parto para o youtube a procura da imagem que deu origem a esta crônica. Vejo uns cinco vídeos até que o encontro. A sensação ao assistir ao vídeo é repugnante. Como funcionários públicos, pagos com nosso dinheiro, podem cometer atos de tanta barbaridade contra um cidadão? Na minha opinião, isso já é motivo mais do que suficiente para realizarmos outras manifestações Brasil a fora.

Encontro outro vídeo. Bem, estou certo de que nada justifica a violência e que não é papel polícia massacrar a população manifestada. Inclusive, acompanharei para ver quais as punições que os bárbaros receberão por seus excessos. Pois então, neste vídeos que encontrei, o rapaz é espancado com chutes, cacetes e murros. Cinco segundos antes ele é lançado ao solo por dois PM, ai começa a violência. Mas, cinco segundos antes dele ser agredido ele passa próximo ao capacete de um PM joga no chão, chuta-o e sai correndo. BUM! Isso justifica a reação dos militares? É obvio que não. Mas aquele jovem bem que podia ter ido para casa sem levar àquela surra. Era só continuar manifestando e deixar o capacete quieto no lugar dele.

George Itaporanga
Enviado por George Itaporanga em 24/06/2013
Reeditado em 24/11/2022
Código do texto: T4356054
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.