Epidemia (Sobre a influência da mídia no nosso cotidiano)
Não sei se vocês já prestaram atenção mas toda vez que um ato ganha destaque nacional por meio da mídia ele ganha seguidores quase que imediatamente nos quatro canto da nação. Claro que estou me referindo aos exemplos ruins como assassinatos, acidentes e outros crimes hediondos, pois os bons exemplos ninguém (poucos) procura imitar.
Parece que a mídia é o combustível que faz esse circo dos horrores pegar fogo progressivamente, elevado a n-ésima potência. Quer ver só?
Qual acidente de trânsito envolvendo ciclista você se recorda? Bem, ocorreram aqueles com os dois coletivos; Antes? O do ciclista que perdeu o braço! Antes? O do filho do bilionário quebrado! Antes? Bem, se puxarmos um pouco mais da memória veremos que em 2011 ocorreu um crime que chocou a todos nós. Um funcionário do Banco Central do Brasil atropelou um grupo de ciclistas que estavam fazendo uma manifestação pedindo mais segurança no trânsito. De lá pra cá andar de bicicleta nunca mais foi a mesma coisa, pelo menos pra mim que também uso tal veiculo.
Outro exemplo? Quantos acidentes envolvendo ônibus ocorreram nos últimos dias (excetuando os que envolviam bicicletas pois já foram contabilizamos). Bem, só bastou aquele cair de cima de um viaduto para frotas e mais frotas tombarem Brasil à fora. Até a minha poluída lagoa no parque Solon de Lucena foi palco de um busfrágio (naufrágio de ônibus).
Ainda há dúvidas sobre a epidemia dos maus acontecimentos? Então nos relembremos da loirinha que matou os pais ( Richthofen ). Foi a maior chacina que o país já viu. Não me refiro apenas a este mas àqueles que os sucederam: pai matando filho, filho matando pai, irmãos mantando uns aos outros e, quando penso que a coisa está normalizando vem os Nardonis e o ciclo continua nos 26 estados da federação e no Distrito Federal, pais matando filhos, filhos matando pais, uns matando os outros.
Isso sem falar naquele caso....