Encontro e Reencontro
Cheguei de viagem, procedente de Istanbul, na Turquia, em 30 de maio de 2013, dezessete dias depois de deixar o Planalto Central nas mãos dos petistas que conquistaram Brasília, graças a eleitores de baixa escolaridade, despolitizados, aliados de políticos imorais, mal intencionados, descompromissados com a verdade, desprovidos de sentimento de brasilidade e excessivamente interessados em causas pessoais, por mais ilícitas que sejam.
Lamento estar o nosso país entregue à sanha de malfeitores que se locupletam do erário, em detrimento dos homens de bem. Que me desculpe o leitor, o desabafo. Nunca resisto expressar-me desfavoravelmente sobre o homem público, contaminado pelo vírus da corrupção.
Doravante, discorrerei sobre os bons momentos passados na companhia de seleto grupo de quarenta pessoas, homens e mulheres, moços e idosos, que viajaram a terras longínquas em busca de conhecimento, lazer e de contradições culturais.
Dissertarei a respeito do nosso destino turístico. De Brasília, embarcamos para Fortaleza, no Ceará, em avião da TAM. Da capital cearense, fomos transportados em aeronave da Alitalia, um A-330, às 17h50, com destino a Israel e breve conexão em Roma.
Chegamos à capital italiana às 9h10, hora local, depois de quase nove horas de voo sobre o Oceano Atlântico. Três horas mais tarde, aterrissamos no aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv. A denominação do terminal aéreo de passageiros da principal cidade israelense homenageia o primeiro chefe de governo de Israel, um judeu polonês nascido em 16 de outubro de 1886, que por duas vezes exerceu o cargo de primeiro-ministro.
A nossa chegada ali, em 14 de maio de 2013, coincidiu com o aniversário do Estado Israelense. O país completara, naquela oportunidade, 65 anos de autonomia política, depois dos conflitos bélicos ocorridos de 1948 a 1950. A primeira capital administrativa de Israel foi Tel Aviv. Hoje, Jerusalém, distante cerca de 500 quilômetros, exerce essa prerrogativa.
Pernoitamos em Tel Aviv no Hotel Kfar Maccabiah e no dia seguinte iniciamos a nossa peregrinação à Terra Prometida, sob o comando turístico de Rachael Perk, uma judia nascida em Jerusalém. O nosso guia espiritual foi o abalizado pastor, doutor Josué Mello Salgado, profundo conhecedor das narrações bíblicas, compartilhadas com o grupo em suas preleções diárias.
Fizemos breve city tour pelas modernas ruas de Tel Aviv, a bordo de ônibus contratado pela operadora de turismo Gênesis Tour. Depois, adentrarmos o interior do país sionista. Boa parte dos peregrinos fazia a excursão pela segunda vez. A Matilde e eu fomos um desses.
Visitamos os lugares santos pelos quais andou Jesus, pregando o perdão, a obediência às leis divinas, o amor fraternal, o viver santificado. Estivemos em Jericó, Jope, rio Jordão (onde foi batizado o Mestre), Monte das Oliveiras, Monte Carmelo, Monte das Bem Aventuranças, Monte da Transfiguração, Cesareia de Felipe, Cesareia Marítima e na casa onde foram realizadas as bodas de Cana, local em que Jesus transformou água em vinho. Também percorremos a Via Dolorosa, grande extensão do sofrimento e martírio de Cristo.
Estivemos no Jardim do Getsêmani, Cafarnaum, Tiberíades, Qumram, Massada e ainda nos banhamos nas águas salgadas do Mar Morto. Oramos pela paz de Jerusalém no Muro das Lamentações, conhecemos o túmulo do rei Davi, o Monte Calvário e adentramos o sepulcro vazio, confirmando que o Senhor Jesus ressuscitou e que hoje se encontra à direita do Pai, nos páramos celestiais. Conhecemos Belém, cidade natal de nosso Salvador. Fomos a Nazareth, onde Ele viveu sua infância até cumprir a vontade do Pai, em sua divina missão salvadora e redentora da humanidade.
Em agradáveis passeios, navegamos pelo Mar da Galileia, percorremos ruínas milenares e artérias urbanas modernas de Jerusalém. Foi uma excelente peregrinação e agradável jornada turística, visitando locais milenares e museus de alta significação arqueológica.
Para os que já haviam estado em Israel, essa visita foi um reencontro. Quanto aos demais, que ali estavam pela primeira vez, e aos que, depois, fizeram seus primeiros contatos com a Grécia e a Turquia, a quase totalidade do grupo, a viagem tornou-se um encontro agradável. Essas motivações levaram-me a intitular este texto de Encontro e Reencontro.
Para completar o rico roteiro da excursão, fomos a Atenas, capital da Grécia. De Jerusalém, viajamos em avião da empresa aérea AEGEAM. Foram duas horas de voo tranquilo. Quase todos nós dormimos a sono solto, durante o percurso, pois havíamos despertado às primeiras horas da madrugada.
Em Atenas, empreendemos rápido city tour para conhecermos a região urbana e a longa e luminosa história do mundo antigo. Infelizmente, constatamos uma cidade suja, com prédios contemporâneos depreciados, de portas trancadas e paredes perversamente pichadas, talvez por pessoas revoltadas com a péssima situação econômica do país.
Ainda na Grécia, contemplamos o impressionante Canal de Corinto, que liga o Golfo de Corinto com o Mar Egeu, separando a península do Peloponeso. Visitamos as ruínas da magnífica e ricamente histórica cidade de Corinto, onde o apóstolo Paulo levou a palavra de Deus aos pagãos gregos.
Estivemos na Acrópole, o mais alto local das antigas cidades gregas. Lá, depois de ingentes esforços, subimos rochedos íngremes e sinuosos, para conhecermos os Propileus (portões de entrada), o Parthenon, o Teatro de Dionísio, o Odeon de Péricles e o de Herodes Ático, o Areópago, o Templo da Vitória, dedicado à deusa Atena, o Arco de Adriano, os templos de Hefesto e de Zeus do Olimpo, as ruínas da antiga Ágora, o monumento a Lisícrates e uma infinidade de obras de arte expostas em um extraordinário e monumental museu a céu aberto.
No dia 24 de maio de 2013, embarcamos no navio Louis Olympia. Durante três dias, navegamos nas águas aniladas do ingente mar, com destino às ilhas gregas de Nykonos, Éfeso, Creta, Santorini e Patmos. Foram momentos inesquecíveis, embevecidos pela beleza natural que circundavam as renomadas ilhas.
Por fim, visitamos Istanbul, na Turquia. Ali chegamos, em 28.05.2013, cansados, porém dispostos a vigorosas caminhadas. Conhecemos algumas das mais de três mil mesquitas existentes na cidade. Visitamos a Mesquita Azul, monumental edifício destinado à prática islâmica e a igreja de Santa Sofia, hoje transformada em museu, outra edificação de proporções gigantescas.
Como corolário desse maravilhoso passeio pelo país situado em dois continentes – Europa e Ásia –, navegamos pelo Estreito de Bósforo. O barco singrava as águas, enquanto fotografávamos as belas construções ribeirinhas. Um espetáculo que hoje povoa os nossos álbuns de recordação.
Caro leitor, você deve ter observado que apenas me limitei a expor o roteiro de nossa agradável viagem. Não tive a intenção de detalhar requisitos históricos dos lugares onde estivemos por dezesseis dias de excursão, o que farei em livro prestes a ser editado, sob o título de Encontro e Reencontro. Alí serão detalhados momentos inesquecíveis e maravilhosos, recheados de fotografias e contendo histórias milenares de Jerusalém, Atenas e Turquia. O livro sairá em breve. Na oportunidade, nos encontraremos conhecendo parte da gênese desses lugares e de sua cultura tão diferenciada da nossa.
Obrigado pela leitura!