O PODER DA ORAÇÃO
 
Uma conhecida cafetina começou a construção da expansão de seu cabaré para aumentar suas atividades em constante crescimento. É que muito fiéis  de uma igreja vizinha passaram também a ser “infiéis” frequentadores do cabaré, após o horário dos cultos.
Em resposta, a igreja iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão com sessões de oração de manhã, à tarde e a noite.
O trabalho da ampliação e reforma progrediu célere até uma semana antes da
grande reabertura, quando, durante uma tempestade, um raio atingiu o cabaré queimando as instalações elétricas provocando um incêndio que destruiu grande parte da construção.
Com a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja ficaram bastante presunçosos e se gabavam "do grande poder da oração", alardeando o fato por toda a cidade.
Em seguida, a dona da boate processou a igreja, o pastor e toda a
congregação com o fundamento de que a Igreja "foi a responsável pelo fim de
seu prédio e seu negócio - seja através de intervenção divina, direta ou indireta e ações ou meios”, conforme o jargão jurídico.
Em sua defesa, a igreja veemente e vorazmente negou toda e qualquer responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício.
O juiz da cidade leu a reclamação do autor e a resposta do réu, e na audiência
de abertura, ele comentou:
- "Eu não sei como diabos eu vou decidir neste caso, mas parece que a partir
do que li até agora temos uma proprietária de puteiro que firmemente
acredita no poder das orações, e uma igreja inteira que pensa que as orações
não valem nada".


Escrito a partir de uma informação recebida por e-mail

Wilson Pereira
Enviado por Wilson Pereira em 08/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
Código do texto: T4279960
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