A GRANDE AVALANCHE
...A represa com suas enormes paredes de aterro que outrora transbordavam de límpidas águas, de algumas chuvas que vieram em horas oportunas; sua comporta se rompeu levando tudo a baixo, inundando as ribeirinhas destruindo a vegetação provocando um desastre ambiental, derriçando a lavoura causando prejuízos incalculáveis.
O lago esvaziou-se, os peixes desfaleceram-se pela falta de seu ambiente os quais lhes sobreviviam como se fosse suas casas, as aves aquáticas assim como os patos selvagens e os marrecos bateram em retiradas e foram procurarem novos espaços para extrair seus alimentos e preencher seus papos vazios e ressequidos.
Seus ninhos foram destruídos pela a correnteza bravia, os filhotes caíram sobre o leito das águas em movimentos de alta velocidade, foram arrastados para bem longe onde suas mães não tinham como encontrar, alguns sobreviveram embaraçados nas folhagens e galhos tombados pela a força das águas.
As galinhas d’águas faziam enormes escândalos, cacarejavam como se estivessem em pânico com o acontecimento desastroso, os igarapés e as tabocas que serviam como atalaia para as garças vigiar os cardumes de lambaris; seus alimentos preferidos foram totalmente destruídos e amassados.
Neste local onde havia esta grande quantidade de água agora só existe um pequeno fio d'água que da continuidade a vazão de um pequeno riacho ladeado por um lamaçal de grande atoleiro e uma pequena parte das comportas e aterro que sobrou do desabamento.
Estes aterros serão reconstruídos pelas mãos operárias destes trabalhadores deste lugar.
Logo virão as chuvas e os espaços estarão novamente preenchidos com as mais límpidas águas, mais uma vez cheia a ponto de se derramar pelos sangradouros, irrigando toda a várzea trazendo novamente a vida que renovará deixando mais bela a natureza.
A noite se foi sem despedir-se, rapidamente com o correr das horas, o clarão da aurora anúnciava a presença de um novo dia, se preparando para uma nova estação do ano que já está para acontecer.
Apesar do solo todo encharcado, mas a ponte estava lá forte e imponente como sempre, a velocidade das águas nem se quer abalou a estrutura de ferro e concreto estava ela intacta, só faltava retirar a grande camada de argila que se formou com a grande avalanche e reconstruir novamente o leito da estrada que neste momento estava toda esburacada e a passagem pela ponte estaria totalmente restaurada e pronta para o uso.
Logo estarei de volta com meu passatempo preferido; usufruir deste lazer que tanto eu desfrutava em minhas horas de solidão, a reconstrução da barragem sairia em mais breve possível, e logo o lago estará formado e cheio novamente.
O tempo demorava; as hora se tornaria muito longa para mim durantes estes dia de espera, a minha vida se tornou muito monótona sem os carinhos de minha tão amada menina, razão de meu viver, pensava nela a todos os instantes, aguardaria seu regresso com muita ansiedade.
Estávamos no final do inverno com tantas chuvas assim de causar admiração, as temporadas das águas adentrou até alguns dias da primavera, que acabou por chegar mais tarde adiando a chegada das flores.
Depois de uns três dias de sol desapareceram toda aquela umidade exagerada, parece que a natureza aflorou-se com mais força e o resultado começou a aparecer, as plantações cresceram com rapidez e a relva deu sinal de vida, a natureza ficou repleta de muito verde e as flores do campo saltaram de seus casulos e salpicaram cores por tudo espaço que os nossos olhos poderiam alcançar.
A primavera fez acordar todos os botões que estavam para desabrochar, demostrando uma variedade infinita de um colorido espetacular, as flores de lis e as rosinhas de nomes onze horas alastram por todo o terreno, e as margens dos caminhos projetam toda a beleza, e encantamento por estes os espaços, destes vales...
(Umas das páginas da história “MINHA VIDA PELA SILVIA”)
Autor Antonio Herrero Portilho