Engolindo sapos

Engolidor de sapos é quase profissão. São pessoas que têm vocação para boca costurada. Só abrem para engolir e aceitar tudo... Vítimas e coitadinhos, ficam sempre pelos cantos, choramingando pelos tratamentos recebidos.

São os passíveis. Todo passivo, quase que invariavelmente, é engolidor de sapos. Nasceu para isso e faz isso com excelência.

Na outra ponta, os agressivos. Aqueles que além de não engolir sapos, de jeito nenhum, jogam na cara de quem tenta colocar o sapo em suas bocas. Quando percebem ou sentem o cheiro do sapo, dão o troco no ato: xingam, agridem e mandam enterrar o sapo - vivo mesmo - ... e vai por aí afora.

Os dois extremos são condenáveis. Entre os dois, fico com o agressivo - isso mesmo, aquele que manda enterrar o sapo - ao menos se posiciona. Passividade é o pior comportamente que existe. É a negação da própria individualidade.

Nessa situação, com os sapos, o melhor é evitar os extremos: nem passivo e nem agressivo, mas assertivo, sempre! Assertivo, que contém asserto; afirmativo, segundo o Aurélio.

É simplesmente, de forma calma e educada, devolver a quem queira nos empurrar o sapo goela abaixo:

- Aqui está o sapo! Não é meu, tampouco o desejo. É seu! Faça bom proveito!

Com essa atitude o assertivo demonstra claramente que não permite a ofensa, e que não tem vocação para engolir sapos. Por outro lado, os "empurradores de sapos" quando lidam com os assertivos, administram melhor os seus sapos. Afinal, eles sabem o gosto que tem...

Engolir sapos, ou brigar por conta dos sapos, nunca mais! Aliás, assertivamente falando, chega de sapos... deu enfastio!

zino mendes
Enviado por zino mendes em 12/04/2013
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