A arte de escrever
Escrever é como pintar um quadro ou compor uma música; é uma arte que precisa ser aprimorada a cada dia. Não é necessário ter conhecimento de ortografia para ser um bom escritor. É necessário sim, ter imaginação e sensibilidade. A inspiração é fruto dos nossos sentimentos bons ou ruins. A vocação (vontade) e disposição são requisitos básicos para quem escreve.
Existem escritores autodidatas, isto é, que aprenderem por si sós. Há escritores semi-analfabetos e analfabetos que precisam de revisores. Mas um revisor não deve interferir no raciocínio de um artista das letras, pois cada um tem a sua característica e o seu valor. Patativa do Assaré é um exemplo de um grande poeta semi-analfabeto.
Nenhum escritor ou poeta é igual. Cada um tem a sua importância, pela experiência de vida e visão do mundo. Saber observar é um dom que precisa ser desenvolvido. A perfeição só vem com o tempo, depois de muito trabalho; pois ninguém nasce perfeito. É escrevendo que se aprende a escrever. É preciso desenvolver a lógica do pensamento, pensar bem antes de escrever.
As regras gramaticais como acentuação e pontuação se aprendem naturalmente depois de muita leitura. A acentuação é uma regra geral, com exceção da crase. A pontuação é opcional, com exceção da vírgula. A concordância verbal e nominal não são regras rígidas, pois há casos especiais em que se geram dúvidas e as soluções são divergentes. Por exemplos: Dá um aspecto interessante, os prédios com as janelas cheias de luz; O sentimento de posse gerou um amor e um ciúme doentio.
Para ser um escritor ou poeta não é necessário ter uma religião, uma opção sexual ou uma cor; qualquer pessoa pode aspirar o ofício. O escritor ou poeta pode ser realista ou ficcionista, objetivo ou subjetivo. A sua obra é uma extensão de sua personalidade. O escritor ou poeta pode ser ateu ou agnóstico. Mas para ser lírico-religioso ou lírico-amoroso, é preciso crer em Deus e acreditar no amor.