UM LUGAR CHAMADO AMOR PRÓPRIO
UM LUGAR CHAMADO AMOR PRÓPRIO
Precisamos aprender a reconhecer quando uma algo chega ao fim. Mesmo que entre lágrimas, é necessário juntar os pedaços e seguir em frente. A vida continua, mesmo que seja difícil acordar todas as manhãs com a certeza que não iremos encontrar aquele bom dia de antes, que fazia o seu dia ser como um arco-íris, colorido e brilhante. Temos a consciência que coração partido não mata ninguém e as águas seguem o seu curso independente do nosso estado.
É preciso que aprendamos que ser feliz é uma tarefa pessoal e exclusiva, que não podemos projetar em outros a busca para sermos felizes. E o mundo não acaba só por que algo terminou, o caminho da vida está a nossa espera e reclama os nossos passos, não podemos ficar parados esperando que um milagre aconteça, e que num passe de mágica as coisas voltem a ser como antes...
Não, quando uma etapa da vida chaga ao fim, apesar da dor, da angustia que nos faz querer desistir de tudo, é preciso buscar forças, e descobrir que somos mais fortes do jamais pensamos...
Quando algo acaba, nos lamentamos, sofremos, choramos... Sentimos que o nosso coração está dilacerado, sangrando intensamente. Tudo por que nos apegamos há algo ou alguém e o sentimento de perda é mortal... Não queremos nos desapegar, mesmo que reconheçamos que é impossível continuar, o medo de seguir sozinhos nos leva a esse sentimento de tristeza e dor.
Desejamos desesperadamente acordar e ver que tudo não passou de um sonho ruim. Olhamos por todos os lados na expectativa de encontrar algo que nos mostre que não acabou... E num último gesto de esperança, reviramos todos os nossos guardados, para encontrar algo que nos diga o contrário da realidade que nos foi imposta... Reviramos gavetas, e-mail, agendas e sentimentos na busca incessante de uma resposta positiva, que contenha a afirmação do nosso desejo de continuar a viver a mesma história.
Mas a vida é feita de começo, meio e fim... E não podemos querer permanecer na vida de alguém onde já não há espaço para a nossa presença... É preciso aceitar que a felicidade é algo intrínseco de cada um e é nossa responsabilidade encontrar o caminha que nos levará a ponte para essa tal felicidade... E nessa hora começamos a ver que entre o Adeus e a ponte, existe apenas um espaço, para chegarmos há um lugar chamado amor próprio.
Aut: Mery de Almeida
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