AVENIDA BRASIL – Fantasia ou Realidade...
Semana passada, mais uma vez, a Avenida Brasil obteve um pico de audiência estratosférico! Isso porque suas cenas veiculavam atos de degradação explícita, um cenário cruel e censurável a todas as idades... Um choque! Muito choque de ordem em plena luz do dia! Uma química cinematográfica que deixou todos os expectadores perplexos e dependentes... No ar, a novela começou com uma pelada - calma gente! A peladinha era apenas uma racha de futebol, que não tinha pernas-de-pau!
- Por que?
Porque só tinha crack! E a confusão começou porque ninguém sabia se havia reservas... E se a concentração seria: compulsória.
Enquanto isso, as cenas giravam em todo globo – independente de qualquer plim-plim pra que se começasse a gravação. O caos e os zumbis estavam em todos os canais e de lambuja os jornais nacionais estampavam as trincheiras - pedras - na frente do acampamento. Os dependentes estavam preparados pra guerra e traziam a tiracolo as suas atiradeiras! Foi um transtorno assistir o episódio, de um lixão que se sabia quando inciara. Mas, não como terminaria...
O capítulo foi ao ar-livre e foi um bom sucesso! Exibiu cenas comoventes: correria explícita em pleno o asfalto, histerismo por toda cidade cenográfica do Parque União e um triller com atropelamento fatal – ta lá um corpo estendido no chão! Tudo porque a maré de insegurança não tava pro peixe de ninguém! Não foi à toa que o núcleo-da-crackolândia pregou a faixa:
- Aqui crack não entra! Aqui quem manda é "nóis"!
Parecia coisa do Divino... E, ainda por cima, com efeitos especiais, ao vivo e em cores e tudo sem dublê!
O lixão do Brasil cotinha jorginhos, nilos e mães lúcidas ou não! Todos atores coadjuvantes e sem nenhum valor no cenário nacional... Personagens sem happy end!
De repente, um tremendo rebuliço... O Capitão Nascimento chegou e roubou a cena e com o texto na ponta-da-língua, ordenava:
- Pegue aquele dimenor ali! Recolha todos os cachimbos... Porra me dê uns sacos plásticos! Que transtornos! Que transtorno! caramba! Vamos... Coloquem todos esses crackudos na caçamba!
Nervoso. Mas, com o texto todinho decorado. O homem-de-preto finalizou o monólogo:
- Paz! Paz! É árdua a paz! Mas, enfim, a ordem pública e a segurança foram restabelecidas... A cidade ta com paz e as operações vão continuar...
O capítulo deu 99,9% de audiência. O núcleo-principal foi aplaudido de pé e à luz do dia e em plena a Avenida. Mas, a cidade-cenográfica – a crackolândia – foi remontada e a novela continuou do outro lado da Brasil!