NADA EXISTE PELA METADE...
NADA EXISTE PELA METADE...
Em certos momentos da vida precisamos desacelerar o modo e a velocidade em que fazemos, vivenciamos e vemos as coisas ao nosso redor, sejam elas em que âmbito for... E é nessa hora que percebemos e reafirmamos nossas convicções, crenças e as nossas pequenas, porém fundamentais certezas, do que somos e do que queremos para nossas vidas. E é ai que decidimos o que é bom e o que não é, se o “meio termo” agrada ou desagrada... Para alguns pode até servi, para mim e para muitos outros, não.
Não sou adepta do “meio”, meio isso ou meio aquilo. O que me agrada é o Sim, ou Não, o Ser ou não Ser. Na vida não existem meias verdades ou meias mentiras, se é meio verdade, logo passa a ser mentira, se é meio mentira já foi verdade. O que pode haver é um modo diferente de olhar os dois lados da mesma coisa, e desse prisma o reflexo poder ter outras cores, mas, contudo, não meio verdade ou meio mentira.
Para alguns sou anacrônica, mas prefiro ser. Não tenho meios amigos, nem sei gostar pela metade, se é amigo é verdadeiro, se não for, é metade. Amizade que é meio, já mais será de verdade. Não gosto de sorriso meia boca, pois aprendi a sorrir com a alma, gosto de sorrisos que vem junto do olhar, que traz brilho, que transmite suavidade e beleza, que mesmo sem palavras, diz tudo com franqueza, quando o sorriso vem da alma, quebra qualquer barreira e tem por habito a conquista do “SIM” esperado.
Sou apartidário do “em cima do murro” escolho sempre o lado que devo seguir, pois não gosto de altura e tenho medo de cair, esse pé aqui e outro lá, costuma terminar sempre em escorregões, quedas, escoriações e até osso quebrados, isso quando não quebra de vez um coração e a vida.
Dos amigos corro atrás, me importo, bato na porta, pergunto se está tudo bem. Por que amigo é isso, um irmão, dado por Deus, escolhido pelos olhos do coração, um amor desinteressado, limpo e fiel, se o contrário fosse não seria amigo, seria “Meio” e se é meio, não serve, não é amigo.
Não amo pela metade, nem quero meio amor, só me entrego por inteira, e só aceito o que me transborda, por que completos já somos. E se o amor vem como “Meio” está fadado ao insucesso desde o primeiro passo. O amor não “meio” de sobrevivência é para ser vivido na essência, na plenitude do sentimento e na verdade da existência. O amor, não é meio, é à base de tudo que é bonito, verdadeiro e saudável na vida.
Não existe meio alegre ou meio triste, meio vivo ou meio morto, quem vive de “Meios” simplesmente não vive, apenas passa pela vida, e nunca poderá provar o sabor do viver por inteiro, com sabores, cheiros, cores e brilho. Pois meio olho não consegue ver definidamente as coisas, sempre terão uma visão como fotografia desfocada, sem nitidez.
Não dá para ser “Meio” feliz ou “Meio” triste, mesmo porque felicidade, não é ponto de parada ou de partida, mas um modo de viajarmos e conduzirmos o nosso trem da vida. A vida nunca terá brilho e cores para quem vive de “meios”, pois não existem criações Divinas que sejam inacabadas.
Deus, não criou “meio”, Ele nos deixou tudo por inteiro! E não foi Ele que disse, “os fins justificam os meios”. Então, se a vida é breve e estamos aqui só de passagem, por que viver de “meios”!!!!
Aut: Mery de Almeida.
www.recantodasletras.com.br
http://merydealmeida.webnode.com/blog/