O APRENDER CABE A QUALQUER TEMPO

Mesmo no hoje o ontem tem seus fascínios, embora já tenha ido ao longo do tempo, tempo passado, tempo que não retornará.

Não há como retroceder ao espaço temporal percorrido, tão pouco se pode limpar o solo sob o qual se andou, mas podemos alargar as veredas em alamedas por onde havemos de passar a cada dia, a cada espaço do tempo vivido.

A cada novo dia, damos de cara com novos desafios, novas decisões a enfrentar e tomar respectivamente. Sabemos, pois, que viver nessas selvas de pedras e asfaltos não é fácil, precisamos escalar muitos degraus, antes de atingirmos nossos objetivos.

Cada pessoa traça uma meta que espera alcança-la, porém, poucos são os que conseguem atingir o ápice do objetivo traçado. É verdadeira a opção de que muitos sequer conseguem idealizar o seu alvo futuro, desencadeando a fila dos sem rumos, sem eira e nem beira, principalmente os mais jovens, nessa aventura que é viver em um mundo globalizado.

À medida que passamos no tempo, menos chances temos na desenfreada corrida em busca do óbvio, porque o sucesso ou se esconde ou se vai junto aos “neurônios que se apagam” a cada dia findo na escalada da trilha pessoal.

Costumo falar aos meus pupilos: nunca espere pelo amanhã, corra ao seu encontro, só assim ele será surpreendido por você, e olhe lá!

O aprender é um ato de busca, o entender só ocorre quando ativamos a teimosia do nosso intelecto. A constância da dúvida ativa a obstinação do conhecimento. A partir disto o aprendizado se faz presente, mesmo para aqueles que já se fazem cansados e desestimulados.

Costumo dizer também, que o ontem serve de base para a escrita do presente, as lições aprendidas tem o respaldo dos erros acometidos no passado. Logo não devemos dissociar o ontem do hoje e consequentemente do amanhã. O aprender cabe a qualquer tempo, em assim sendo, viver um dia após o outro é sem dúvida um bom começo.

       Rio, 15/02/2013
     Feitosa dos Santos