A SAUDADE QUE SINTO DE TI...

A saudade é como um felino feroz e faminto, agarrando e dilacerando a sua presa. Assim também e a saudade, quando chega dilacera o coração de quem sente, e vai deixando a alma dormente, entorpecida... Saudade é um sentimento sem explicação. Às vezes sentimos saudades que nem sabemos do que.

Saudades do que já vivemos, daquela presença constante, mas que está longe, estranho isso, (risos) né, presente e distante, (risos), são coisas que Deus nos concede para testar o nosso amor verdadeiro. Sentimos saudades até do que ainda não vivemos, mas que por alguma razão, que não sei dizer, está em nós e nas nossas pequenas certezas.

E uma das formas mais doloridas da saudade, é aquela que está por vir, que você sente anunciada, antes mesmo da palavra até logo, adeus, até breve ou simplesmente aquele, beijos, até... E como explicar esse sentir que dói, que amarga, mas que ao mesmo tempo é doce com o puro mel e suave como uma brisa calma.

Difícil de entender a saudade. É como sol e chuva, brisa e calor, o felino e sua presa... Ora é doce, suave e gostosa de sentir, ora é feroz, faminta, dolorosa e devastadora... É como irmãos gêmeos de personalidades opostas... Ora boa, ora não boa.

Sentir saudades do que ainda não passou é dor em dobro, ter a presença mesmo de longe, imaginar o perfume que não sentimos o toque que não temos o olhar que ainda está aqui. Mas instante depois como mágica todo se vai, e fica esse vazio que a saudade traz. Acho que saudades vem da incerteza, do não saber como está, o que está a fazer, do não poder tocar, e é essa saudade que vem como o animal feroz. E que pode ainda ser comparada ao fogo, que devasta uma floresta, mas que as chuvas na sua bonança faz florescer devolvendo outra vez a beleza e a vida.

Gosto da saudade calma, dessa que traz tranquilidade para a alma, paz para o espirito e repouso para mente. A saudade da voz, que fica na mente, da imagem que os olhos levam e deixam tatuadas no coração e na memoria da gente, saudades do sorriso doce e gostoso de sentir... Da voz mansa, da conversa franca... Do querer está junto logo no minuto seguinte... (risos). Meu estranho jeito de sentir e de falar de saudades.

Mas é assim que sou, é assim que sinto saudades de ti. Essa sou eu, e esse é meu jeito de sentir!

Aut: Mery de Almeida

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Mery de Almeida
Enviado por Mery de Almeida em 06/02/2013
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4125696
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