Foto de Feitosa dos Santos - Itajubá Minas Gerais
OS MELHORES NATAIS DA MINHA VIDA
Rio, 01 de Janeiro de 2013
Feitosa dos Santos
OS MELHORES NATAIS DA MINHA VIDA
As melhores festas de final de ano, que já vivi em minha vida, foram naqueles anos em que meus filhos eram crianças. Depois que eles cresceram, casaram, formando suas famílias, as festas não foram as mesmas.
A magia do papai Noel, já não transmite aquele clima de expectativas, de esperança contida nos brilhos dos seus olhares, que efusivamente aguardavam a chegado do bom velhinho.
Costumávamos passar os natais, na casa dos meus sogros, na cidade de Itajubá, no sul das Minas Gerais. Quase sempre, no dia 23 de dezembro, colocávamos as malas e os pacotes de presentes no porta-malas do carro e lá íamos nós, felizes e cantantes, caminhos afora, em busca da nossa festa preferida.
Na estrada íamos mostrando aos nossos filhos, principalmente na subida da Serra da Mantiqueira, o caminho do lobo mal, as trilhas por onde chapeuzinho Vermelho caminhava, e bem lá no alto, a casa da vovozinha. Que curtição!
Os meus filhos mediam a distância entre o Rio de Janeiro e Itajubá, perguntando se já estávamos perto da casa da vovozinha, donde eles concluíam, que para Itajubá faltava pouco.
Eu vivia esta experiência, como se dentro de tudo isso eu estivesse. O clima de encantamento dos meus filhos, também me contagiava, e sem dúvida alguma participava desse mundo infantil sem limites.
Quantas coisas boas eu aprendi, quantos momentos únicos eu vivi, momentos esses impagáveis.
Certa vez não pudemos viajar, por motivos profissionais. Fomos comemorar o Natal, no playground do edifício onde morávamos. Participaram desse evento os pais e as outras crianças do condomínio. Houve distribuição de presentes e um papai Noel vestido a rigor.
Meu filho mais novo, Renato, nessa época com 6 anos, ficou observando o papai Noel, depois se aproximou de mim, me puxou para baixo e falou ao meu ouvido: este não é o papai Noel verdadeiro, o verdadeiro esta em Itajubá. Como assim filho? Eu o retruquei, o papai Noel está em toda parte ao mesmo tempo. E ele repetiu: não, este não é o verdadeiro. Mas porque você acha isto? Ele respondeu: este papai Noel não sabe fazer o Rô, Rô, Rôuuuu como o de Itajubá. Eu nada tive a dizer. Era verdade, o meu concunhado sabia fazer um Rô, Rô, Rôuuu... Como ninguém.
Quantas vezes na semana que antecedia o Natal eu encontrei-os limpando os sapatinhos, tênis e chinelos, para colocar sobre a mesa da varanda, com os seus pedidos de presentes. Nesse dia eu era convidado a ficar acordado e sentado com eles no sofá da sala, a meia luz, para que eles presenciassem a chegada do papai Noel, para apanhar suas cartinhas com os pedidos.
Torciam para ver o papai Noel parar o Trenó em frente à varanda, enquanto eu torcia para que eles dormissem.
O sono, porém foi sempre um meu aliado. Quando já não aguentavam mais desmaiavam no sofá; eu os levava para a cama e logicamente apanhava os pedidos sobre os calçados em cima da mesa e também me recolhia.
Quando acordavam, o mais velho, Rafael, chamava o irmão e saiam em disparadas, em direção à varanda. Quanta alegria e decepção. Alegria por ver que Ele havia levado as cartinhas; decepção por terem dormido e não presenciarem a chegada do velhinho, para recolher os pedidos. Perguntavam-me: papai você viu o papai Noel? Marejando os olhos respondia: Não filhos, eu também dormi. Acho que Ele nos faz dormir para só vê-Lo no Natal. Mais uma vez via seus olhos brilharem de esperança.
Sinceramente desejo de todo coração, que em dias vindouros, meus futuros netos vivam a magia que seus pais e seus avós paternos viveram. Uma magia que não tem preço.
A magia do papai Noel, já não transmite aquele clima de expectativas, de esperança contida nos brilhos dos seus olhares, que efusivamente aguardavam a chegado do bom velhinho.
Costumávamos passar os natais, na casa dos meus sogros, na cidade de Itajubá, no sul das Minas Gerais. Quase sempre, no dia 23 de dezembro, colocávamos as malas e os pacotes de presentes no porta-malas do carro e lá íamos nós, felizes e cantantes, caminhos afora, em busca da nossa festa preferida.
Na estrada íamos mostrando aos nossos filhos, principalmente na subida da Serra da Mantiqueira, o caminho do lobo mal, as trilhas por onde chapeuzinho Vermelho caminhava, e bem lá no alto, a casa da vovozinha. Que curtição!
Os meus filhos mediam a distância entre o Rio de Janeiro e Itajubá, perguntando se já estávamos perto da casa da vovozinha, donde eles concluíam, que para Itajubá faltava pouco.
Eu vivia esta experiência, como se dentro de tudo isso eu estivesse. O clima de encantamento dos meus filhos, também me contagiava, e sem dúvida alguma participava desse mundo infantil sem limites.
Quantas coisas boas eu aprendi, quantos momentos únicos eu vivi, momentos esses impagáveis.
Certa vez não pudemos viajar, por motivos profissionais. Fomos comemorar o Natal, no playground do edifício onde morávamos. Participaram desse evento os pais e as outras crianças do condomínio. Houve distribuição de presentes e um papai Noel vestido a rigor.
Meu filho mais novo, Renato, nessa época com 6 anos, ficou observando o papai Noel, depois se aproximou de mim, me puxou para baixo e falou ao meu ouvido: este não é o papai Noel verdadeiro, o verdadeiro esta em Itajubá. Como assim filho? Eu o retruquei, o papai Noel está em toda parte ao mesmo tempo. E ele repetiu: não, este não é o verdadeiro. Mas porque você acha isto? Ele respondeu: este papai Noel não sabe fazer o Rô, Rô, Rôuuuu como o de Itajubá. Eu nada tive a dizer. Era verdade, o meu concunhado sabia fazer um Rô, Rô, Rôuuu... Como ninguém.
Quantas vezes na semana que antecedia o Natal eu encontrei-os limpando os sapatinhos, tênis e chinelos, para colocar sobre a mesa da varanda, com os seus pedidos de presentes. Nesse dia eu era convidado a ficar acordado e sentado com eles no sofá da sala, a meia luz, para que eles presenciassem a chegada do papai Noel, para apanhar suas cartinhas com os pedidos.
Torciam para ver o papai Noel parar o Trenó em frente à varanda, enquanto eu torcia para que eles dormissem.
O sono, porém foi sempre um meu aliado. Quando já não aguentavam mais desmaiavam no sofá; eu os levava para a cama e logicamente apanhava os pedidos sobre os calçados em cima da mesa e também me recolhia.
Quando acordavam, o mais velho, Rafael, chamava o irmão e saiam em disparadas, em direção à varanda. Quanta alegria e decepção. Alegria por ver que Ele havia levado as cartinhas; decepção por terem dormido e não presenciarem a chegada do velhinho, para recolher os pedidos. Perguntavam-me: papai você viu o papai Noel? Marejando os olhos respondia: Não filhos, eu também dormi. Acho que Ele nos faz dormir para só vê-Lo no Natal. Mais uma vez via seus olhos brilharem de esperança.
Sinceramente desejo de todo coração, que em dias vindouros, meus futuros netos vivam a magia que seus pais e seus avós paternos viveram. Uma magia que não tem preço.
Rio, 01 de Janeiro de 2013
Feitosa dos Santos