A CRÔNICA DA "VIRADA"
O que esperamos de um ano que chega? Ou melhor, o ano que, daqui a alguns dias chegará? Alguém pula as sete ondas, outro alguém se empanturra de passas, e mais outro gosta de ver os fogos no praia, outro ainda usa branco... e os anos passam e as "viradas de ano" são sempre as mesmas. Promessas e mais promessas e abraços e sonhos. Os mesmos acenos, as mesmas lágrimas, a retrospectiva de sempre. O ano parece uma produção cinematográfica: catástrofes ao nível máximo, escândalos hiperbólicos, celebridades e sorrisos como se fossem o último gesto de vida. Pareço um velho que reclama de tudo e de todos! Desculpe o leitor o azedo cronista, mas faz parte da crônica o agudo da palavra, o resmungo literário! Eu quero é ficar quieto na minha, entretanto, sou engolido pela multidão. Os fogos não dão sossego e sei que cada minuto corresponde a um rojão! Eu não quero fila, não quero bagunça, não quero gritaria! Quero ficar no meu canto escrevendo uma crônica, mesmo que besta... Anos passam e eu aqui na escrivaninha brincando com o tempo. Quem sabe em 2013 eu tenha mais coisas para contar e não tenha tanto do que reclamar. Eu sei! Eu sei! Sonhar não custa nada!