HUMANAMENTE HUMANO
As pessoas pensam que sou o quê? Sou comum, normal, cotidiano, simples, mortal. Eu sangro, choro, grito, silencio. Eu sou eu e pronto! Os heróis estão nos filmes e revistas coloridas. Não sou herói de nada e de coisa nenhuma! Por que as pessoas gostam de cobrar isso e aquilo o tempo inteiro? Não fez isso! Não fez, mas vai fazer? Quando vai fazer? Fazer o quê? Eu não sou relógio e não sou máquina. Sou humano. E como todo humano que se preza, eu erro. As pessoas adoram ver o seu defeito. Não adianta acertar inúmeras vezes. Se você errar uma só. Uma vezinha só! Já era! Está marcado! E não adianta reclamar porque pode ser pior. Ele erra e não admite o erro? Por isso digo e repito: comum, normal, simples, mortal, tributável, cotidiano, eu somente eu... Quem me dera poder voar, ter força além do limite, jogar teias e outras coisas. Mas a vida é a vida. É assim e assim será. Pelo menos, enquanto eu escrevo esta crônica absurda, posso me gabar de ter dois poderes, dons, sei lá como chamar. Um deles é ficar invisível. Ninguém me acha. O telefone celular toca e não me encontram (consigo evitar). O outro é enxergar o que muitos não veem: o óbvio!