Do siso à loucura

Hoje cheguei a crer depois de muitos devaneios e um cismar profundo, que a loucura e o siso moram muito perto. Talvez divididos apenas por uma linha tênue que faz com que agente se confunda de quando em quando. Sendo absolutamente constantes, pensamentos do tipo: estou ficando louco! (ou) eu sou um gênio!

A bem da verdade, às vezes tenho essas alucinações, um pequeno espaço de tempo pode nos transformar num desses personagens. Não obstante, basta começar a pensar profundamente por horas a fio, buscando a causa última das coisas, como os filósofos em sua loucura, você acaba tendo um colapso, como um estalo sentirá que chegou ao limite do limiar, isto é, ao limite da capacidade processadora de informações do cérebro. Pronto, é só dá mais um passo e aí, a loucura mora logo ali. Poderás fazer uma visita em sua casa e rir a beça com as coisas que ela é capaz. Um conselho: não demore mais que uma hora por lá, caso não queira virar um hospede eterno.

Mas além dos momentos de doido que todos temos, também há dias que nos sentimos como os gênios, sábios ou revolucionários. São aqueles dias que achamos simples coisas outrora inexplicáveis. Exemplo, como Deus passou a existir, maneira do nosso time nunca perder, ou sair consertando sozinho tudo o que anda quebrado em casa. Lembro por exemplo, o dia que meu irmão (na época com 13 ou 14 anos) conseguiu consertar a TV antes do episódio do Lion Man ou quando acabou o gás no meio da noite e ele conseguiu fazer a janta com uma lata de leite ninho, um pouco de álcool e um palito. Sabe como é? Mas torno o conselho: não se ache! Quando atingir a capacidade de um ‘crânio’ não demore mais que uma hora nesses pensamentos, pois, ao contrário, poderás beirar rapidamente a loucura. Caso confirmado quando este mesmo irmão meu, na sua genialidade pôs-se a divagar de ‘como as pessoas fizeram para descobrir que couve se põe em carne’ ou ‘quem foi o primeiro a testar corante no caldo?’, Etc. Naquela manhã decidiu que faria um novo almoço, queria como o João Vira Mundo tentar descobrir antes de todos, uma nova receita: cozinhou uma panelada de feijão e como tempero: folhas da mangueira, abundantes na nossa casa no Pará. Resultado, no almoço ninguém conseguiu comer porque estava pra lá de amargo! Resolveu que era hora de voltar à razão.

Bom, pelo sim ou pelo não, já vou encerrando antes que o relógio badale uma hora e um.

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São Luís-MA. 09 de outubro de 2012.

Novas Crônicas

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 18/10/2012
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