...e por falar em amigos...

Amigos distantes. Alguns sumidos na distância das cidades, outros, na distância do tempo.

Também tem aqueles que se distanciaram na alma ou caíram no esquecimento, por conta das mudanças de afinidades.

Aquele cara boa praça e divertido se revelou um grande egoísta, egocêntrico e reacionário, e pra completar: insuportável.

Mas, tem também aquele outro, gente boa e o mesmo camaradão de sempre.

Pena que acabou casando com aquela perua, que além de infernizar a vida do companheiro, faz questão de mostrar que não lhe suporta, assim como não gosta de nenhum dos seus amigos.

Triste mesmo é quando o amigo é também seu parente, irmão, primo, até mesmo um velho tio solteirão e contador de histórias inventadas por ele, mas, que fazia a alegria da criançada.

Resolveu casar, mais por medo de envelhecer na solidão.

E o pobre nunca esteve tão solitário em toda a sua vida.

A mulher revelou-se uma megera de primeira grandeza.

Os que ficaram ricos ou simplesmente ascenderam de classe social,

.Eeses se esqueceram de nós e quando por acaso cruzam com a gente, fazem cara de passageiro de elevador olhando para cima ou para os próprios pés.

Sem esquecer todavia, daqueles que quando descobrem que a sua situação financeira anda meio claudicante, fingem que não lembram mais dos favores ou dinheiro que ficaram lhe devendo.

Esses lhe cumprimentam meio sem graça e fazem cara de quem está apressado.

-Liga pra mim! Mas, não dá o número.

É claro que eu não estou ressentido com ninguém.

Os verdadeiros amigos não somem, nem no tempo, nem na distância.

Dias atrás, recebi um E-mail de um velho amigo que não encontrava há mais de vinte anos.

Mas, não é que o cara me encontrou na internet e não perdeu tempo! Além do E-mail, fez questão de ligar no dia seguinte, conversamos e rimos como se o tempo não houvesse passado e vale dizer que este amigo, está morando na França. Vale também, que neste quesito eu não tenho do que me queixar.

Entre velhos amigos há mais de quarenta anos, tenho novos amigos, que me procuram sempre, seja para me convidar pra algum evento, “boca livre” ou simplesmente jogar um pouco de conversa fora e secar umas & outras quentes ou geladas.

E assim... Aproveito o ensejo para mandar meu carinho e saudade aos velhos amigos que se foram os que ficaram os novos e os que virão

e como dizia a minha Vó Maria: Mais vale um amigo na praça que dinheiro na caixa.

São Beto