AS CRIANÇAS , OS CÃES E OS POLÍTICOS
AS CRIANÇAS, OS CÃES E OS POLÍTICOS
Pelo título, o leitor deve pensar que faço uma comparação entre os três personagens acima. Felizmente não tenho a mente sórdida para comparar crianças e cães com essa outra raça e espécie. A única comparação admissível é que os políticos nos mordem perfidamente de 4 em 4 anos e não há vacina contra, já as crianças e os cães somente nos cravam seus caninos em legítima defesa ou quando os pais e os donos são incompetentes e irresponsáveis.
Mas vamos ao artigo em si.
O filósofo Fabricius disse: “Deixai as crianças virem ao Carnaval, pois delas é o Reino da Folia”.
Por que em nossa Cidade de Prado as crianças são relegadas ao ostracismo durante qualquer data festiva? Será que elas não são filhas de Deus? Será que elas não gostam de música? Por que será que nosso prefeito só se preocupa com os adultos no-tívagos? Por que não presentear as crianças, durante o reinado de Momo ou qualquer outra festividade, com um show em horário próprio que não as obrigue a dormirem altas horas, prejudicando seu desenvolvimento físico e psicológico? Será por falta de dinheiro, inteligência ou descaso com as mesmas? Falta de dinheiro posso garantir que não...
Outro tema preocupante, para mim, são os
cães que perambulam pelas ruas de nossa cidade. Quando digo nossa cidade, alerto aos desavisado que da cintura para cima ou da cintura para baixo sou o mais puro baiano, pois meu pai, meus irmãos e de-mais parentes, por parte de pai, nasceram nesta cidade que adotei. Minha preocupação com os cães se deve não só pelo número incalculável que perambulam pelas ruas como pelos que são maltratados e abandonados em quintais infectos sem o mínimo de humanidade. Será que as pessoas pensam, ao verem um gracioso filhote, que o animal é um brinquedo? Um bibelô para adornar sua cama e que depois de enjoar o joga num canto qualquer? Onde se encontra a PM que não tomou nenhuma providência quando telefonei sobre um cão que chora dia e noite ao lado de minha residência? Alerto que maus-tratos aos animais é contravenção penal e omissão é crime.
Quanto aos políticos, quero esclarecer aos leitores que não sou inimigo ou amigo do nosso Prefeito Little Wilson. Somente cumpro meu papel de eleitor consciente, não alienado. Como já disse em outro artigo, se o prefeito não cumprir com suas obrigações, não lhe puxo o saco, eu o arranco.
Aproveitando o espaço, quero parabenizá-lo pela excelente festa de fim de ano. Parabéns pela organização e pelas atrações. Mas... e as criancinhas? E os idosos?
Aproveitando ainda o espaço deste jornal, infelizmente quero avisar aos meus leitores que não serei mais candidato a prefeito em 2004, embora te-
nha sido amplamente incentivado.Tal renúncia se prende ao fato que fui alertado, por fonte fidedigna, que o Prefeito Little Wilson não gostou do meu atrevimento e que ele é extremamente rancoroso e vingati-vo - que o diga Dr. Corrêlo – e antes que o referido prefeito compre o Jornal de Prado e me demita, eu renuncio.
Entretanto, para alegria das feministas de Prado, minha adorada patroa, Dona Leonilda, está irremovível do seu desejo de ser candidata a prefeita e diz que lutará com unhas e dentes para ser eleita. Paciência... Ela agradece aos eleitores que já manifestaram sua adesão e concorda em trocar seu nome, devido as inúmeras cartas de incentivo que recebeu. Somente uma dúvida paira sobre o novo nome escolhido: Luzivalda ou Simphorosa. Cartas para a portaria do jornal, por favor!
EM TEMPO – A partir de 15 de fevereiro estará nas boas livrarias da Cidade de Prado, ou pelo Tel. 298-2463, os dois novos livros deste colunista: O Profeta de Bruderdorf e Crônicas, Cartas e Sonhos. A noite de autógrafo será futuramente divulgada.
Jornal de Prado – 20. 01. 2003