Junho
Eu acreditei que ia passar. E como acreditava cegamente nisso! Não, não passou. E o que aconteceu? Maio, que já estava no final, foi o divisor de tantas águas.
Tentei! Ninguém sabe mais do que eu o quanto tentei. Tentei amar o amor que se acabava, tentei recuperar tudo de bom que havia. Juntar os cacos de algo que se despedaçava, juntar os momentos tão apagados da memória invejável. Não consegui! Não deu! Não teve jeito!
Junho...
Junho chegou. O que veio com ele não se explica cientificamente. Essa ciência não existe. Não existe. Nunca existirá! Acho que isso é o tipo de coisa que acontece uma vez na vida. Fato único! O seu jeito de entornar o copo de café ao olhar pra mim também era único. Ainda é.
O que deu em mim? Não sei! E quem disse que quero saber?
Viver é melhor do que ter que entender tudo. É desentendendo que a gente questiona. É questionando que descobrimos o que é melhor pra nós.
Junho me trouxe vários questionamentos. Junto com eles, o melhor aconteceu!
É....
Junho tem cheiro de café...