Olimpíada, o nome do jogo.

Olimpíada me remete aos tempos de criança, quando a molecada se reunia para jogar futebol, finca, taco, peão, bolinha de gude, soltar pipas, fazer represas, brincar de garrafão, pega-pega... e vai por aí afora.

Nessas ocasiões sempre apareciam meninos de outros bairros, de outros lugares para participar. Virava competição! Assim a gente crescia, fazia amigos e todas as nossas habilidades melhoravam. Às vezes até saia alguma briguinha, mas nada sério. A única regra era competir e brincar.

E esse tempo era tão bonito e maravilhoso, que à espera desses dias, eu perdia a fome e o sono...

Depois crescemos, viramos homens preparados e conscientes, mas perdemos, ao longo do tempo, esse lado lírico de competir. O objetivo muda: ganhar é a palavra de ordem. Ganhar de qualquer maneira. Ganhar ou ganhar e ponto final! Ora, é lógico que ganhar é fundamental, mas ganhar por merecimento. Nesse caso, a vitória é um bálsamo eterno que suaviza todas as dores e feridas...

Ganhar de qualquer jeito é banalizar a própria vitória; é abraçar o caminho, sem volta, que leva à solidão.

Quando chegam as olimpíadas eu fico tomado por uma ansiedade sem conta e antes e durante as competições, me vejo, verdadeiramente, como uma criança.

Hoje, daqui a pouco, vai ter início a festa de abertura das olimpíadas.

Ontem eu perdi a fome e o sono.

zino mendes
Enviado por zino mendes em 27/07/2012
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