CORPO E ALMA

Na solidão dos meus momentos de quietude em que sou dominado pela mais profunda paz, tive o pensamento voltado para os ideais humanos e a grandiosidade da alma.

É sabido que não somos capazes de evitar as ondas de pensamentos bons ou ruins que invadem a nossa mente a todo instante. Entretanto, temos o poder de não dar guarida aos pensamentos que nos afiguram indesejáveis.

Infalivelmente, o corpo humano não terá saúde plena se a mente estiver doentia, voejando em vales pecaminosos de desespero e dor.

Analogamente, principalmente em nossos dias atuais, temos observado cada vez mais freqüentemente, uma preocupação exacerbada pela conquista de dinheiro e poder, e, na mesma proporção, a um acentuado e degradante descuido para com as coisas espirituais.

O cuidado com o corpo físico é notória nas academias que proliferam sempre mais os centros urbanos.

Evidentemente, fazer exercícios é fundamental para uma vida saudável e melhor ainda é a freqüência nas academias de ginásticas, mas é preciso fazermos com que o desenvolvimento e a saúde corpórea esteja em unicidade com a sublimidade da alma. Assim, estaremos agindo de forma coerente com os ideais sublimes e perfeitos para os quais fomos criados.

É notório também, que, quando agimos em conformidade com esses princípios de unicidade, temos uma sensação de incrível prazer pela leveza da consciência cumprida. E este sentimento é o alicerce mais edificante e puro para que todos os nossos propósitos e projetos de vida possam consolidar-se em sua plenitude pelas vinhas da solidez e da sabedoria.

Voltando ao desejo de bens materiais, façamos justiça com os empresários e latifundiários que visam o crescimento de seus negócios com a finalidade primordial, não de acumular riquezas, mas sim, de valorizar os seus funcionários, gerar empregos e ser útil à população. Estes sim mantêm atitudes abençoadas e elogiáveis, como todas as pessoas que, de uma ou outra forma, são úteis à sociedade e vivem em paz com a consciência.

Por outro lado, são profundamente tristes e condenáveis as atitudes de pessoas inescrupulosas que não hesitam em prejudicar os semelhantes, se isso lhe convier, para atingir os seus propósitos gananciosos de poder, e muitas dessas pessoas já são agraciadas por grandes fortunas, mas não se contentam e dominadas pelo egoísmo, querem sempre mais... Com isso, distanciam-se da força espiritual que caracterizam os grandes nomes da história, a maioria dos artistas, literatos e, de forma peculiar, os poetas, filósofos e santos de todos os tempos.

Convenhamos, sobretudo, que não há felicidade quando o corpo prospera, mas a alma decai.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 08/07/2012
Reeditado em 24/07/2013
Código do texto: T3766739
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