Luto na Polícia Civil de Goiás
Ser policial federal, civil ou militar é fascinante, não pelo salário, mas pelo status. Os concursos para delegados, agentes, escrivães, oficiais, soldados e outros cargos estão cada vez mais concorridos. O agente público goza de todo apoio logístico e financeiro do Estado para exercer a sua função; e embora combata a criminalidade e a contravenção, convive com pessoas de todas as classes.
A profissão de policial é uma das mais estressantes e perigosas que existem. O policial em sua função exerce o policiamento preventivo e ostensivo, em que aborda pessoas delinquentes às vezes armadas ou drogadas. Até mesmo os cargos de retaguarda, como delegados, escrivães e oficiais são estressantes devido o contato com marginais.
O policial precisa estar preparado psicologicamente, porque a deliquencia não tem limite e está em toda a parte; é uma ciência do mal, com certeza. Para ser um policial é preciso passar por um curso de formação e ainda passar por vários cursos de aperfeiçoamento.
Os policiais fazem muitos deslocamentos e diligências. O risco de um acidente com armas de fogos e viaturas é evidente. Devido ao estresse pode haver falhas humanas e, por conseguinte falhas mecânicas. Às vezes os acidentes são fatais.
Anteontem um acidente aéreo marcou a Polícia Civil do Estado de Goiás, em que 7 policiais foram vítimas fatais da queda de um helicóptero da Polícia Civil. Os policiais voltavam de uma diligência, investigavam uma chacina de 7 pessoas em uma fazenda no município de Doverlândia distante cerca de 400 quilômetros de Goiânia. No acidente também morreu o principal suspeito.
Como policial civil aposentado sei do risco da profissão. Foi uma perda irreparável, porque eram excelentes profissionais. Descobriram rapidamente um crime sem testemunhas e que parecia ser perfeito. Morreram no exercício da profissão e em defesa da sociedade. O governador Marconi Perillo decretou luto oficial por 3 dias. E que Deus os tenha e que conforte os seus familiares.