Almas amantes
Despertou naquela manhã com a alma serena. Podia ainda sentir a alegria trazida por aquele sonho. As imagens traçadas pelo seu inconsciente deixara gravado na sua mente todos os detalhes, e mais ainda, todas as sensações sentidas durante seu estado de letargia. Não se lembrava das palavras que foram pronunciadas, muito menos da fisionomia do seu rosto, afinal, não havia sido um encontro entre corpos físicos, mas entre corpos espirituais. O colóquio se dera telepaticamente. Não fora necessário ver seu rosto, sabia que era ele e que era belo... Assim como sempre imaginara que fosse. O encontro entre os dois fluiu harmoniosamente e a sensação experimentada era de paz, de plenitude do amor. Sentia-se completada, envolvida pelo carinho reconfortante trazido pelo seu abraço. Embora, não tenha visto seu rosto, contemplara a sua aura luminosa. Era o bastante! Sabia que era ele. Agora tinha a certeza em seu coração de que ele existia e que também a buscava.