O fim da guerra
(publicada no jornal "O Popular", seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 06-03-1991)
No Oriente Médio, Ásia, é onde se concentram os árabes, povos de origem de tribos nômades semita. Tem em comum a religião muçulmana, fundada por Maomé, profeta que viveu há mais de mil anos. É onde se produz mais petróleo no mundo. E é na Arábia Saudita onde estão as maiores reservas.
O Iraque há mais de 10 anos está nas mãos do ditador Saddam Hussein. Nesse período houve a guerra com o Irã: milhares de mártires. Internamente, os que se opõem ao duro regime, como a minoria curda, são brutalmente repelidos.
Saddam Hussein, o homem forte do Iraque, é capaz de tudo para ter publicidade e para vencer uma guerra, sacrificando seu povo, uma geração, um genocídio.
Foi por causa de petróleo que o Iraque, no dia 2 de agosto do ano passado, invadiu o Kuwait – país vizinho possuidor de grandes reservas -, também para ter passagem pelo Golfo Pérsico, com protesto pelo mundo.
Depois de negociar sem resultado, a ONU estipula a data para o Iraque retirar suas tropas do Kuwait – 15 de janeiro deste ano. Um dia após o prazo, os EUA, frente às forças aliadas – composta de vários países -, iniciam a guerra, atacando Bagdá e outras cidades e pontos estratégicos militares. Em contrapartida, o Iraque ataca Israel e Arábia Saudita. De ambos os lados, milhares de vítimas, na maioria civis, pessoas inocentes...
Os esforços diplomáticos de muitos países para impor a paz não foram suficientes diante da intransigência de Saddam Hussein. Foi preciso fogo às últimas conseqüências – a grande destruição. Os aliados venceram! Na noite de terça-feira, 27 de fevereiro do corrente ano, George Bush, presidente dos EUA, anuncia o fim da Guerra no Golfo. Os estados soberanos são protegidos pelo Direito Internacional... Resta a Saddam a condenação por crime de guerra.