ASSALTANTE ASSALTADO
Um dia muito quente no Rio. Isso não é novidade! Mas, tão quente que as pedras da calçada assemelhavam-se a uma grande uma lareira, na qual como dizem “era possível fritar um ovo”.
Atrás do Teatro Municipal, há ruazinhas acolhedoras que nos lembram um Rio encantador que se foi. Hoje, perigosas vielas, com a violência de plantão, em cada canto ou recanto, a qualquer hora do dia. Durante a noite, quem por ali passa é corajoso ou “está à procura de alguma coisa que não é dele.” Sem falar nos “dormitórios” a céu aberto, na disputa de papelões e de tudo mais que se vê na longa enfermidade social de que padecem esta e outras belas cidades.
Já disse, porém, que era dia, ou melhor, treze horas. Um policial, franzino, à paisana, para a sua motocicleta. Acredito que iria dirigir-se a uma lanchonete visando a beber um suco ou água mineral. Não sei. De repente, surgindo não sei de onde, no ir-vir dos transeuntes, um homem musculoso e bem trajado, de aproximadamente um metro e noventa, encosta-lhe uma arma à cabeça e diz:
- Perdeu! Passa a moto, cara!
O policial, sem nada dizer, desceu e ficou só olhando, enquanto o assaltante tomava posse do alheio e guardava o revólver. Foi o suficiente. Em segundos, antes do arranque da moto O policial sacou a própria arma e a encosta no crânio do marginal, falando:
- Agora desce, quem perdeu foi você! Passa “pra cá...”!
- Mas... Espera! “Já tô descendo! Não faz nada, não!
O meliante, surpreso, agora implorava, sob os aplausos de todos.
Outros policiais se aproximaram pelo tumulto. O bandido foi levado, algemado, sob vaias e outros nomes impublicáveis com que o chamavam.
Não é sempre que um assaltante é assaltado!
Coisas do nosso Rio de Janeiro...
Que bom seria se fatos assim fossem a realidade!
Outros e belos sonhos, resgatando nossa identidade.
Atrás do Teatro Municipal, há ruazinhas acolhedoras que nos lembram um Rio encantador que se foi. Hoje, perigosas vielas, com a violência de plantão, em cada canto ou recanto, a qualquer hora do dia. Durante a noite, quem por ali passa é corajoso ou “está à procura de alguma coisa que não é dele.” Sem falar nos “dormitórios” a céu aberto, na disputa de papelões e de tudo mais que se vê na longa enfermidade social de que padecem esta e outras belas cidades.
Já disse, porém, que era dia, ou melhor, treze horas. Um policial, franzino, à paisana, para a sua motocicleta. Acredito que iria dirigir-se a uma lanchonete visando a beber um suco ou água mineral. Não sei. De repente, surgindo não sei de onde, no ir-vir dos transeuntes, um homem musculoso e bem trajado, de aproximadamente um metro e noventa, encosta-lhe uma arma à cabeça e diz:
- Perdeu! Passa a moto, cara!
O policial, sem nada dizer, desceu e ficou só olhando, enquanto o assaltante tomava posse do alheio e guardava o revólver. Foi o suficiente. Em segundos, antes do arranque da moto O policial sacou a própria arma e a encosta no crânio do marginal, falando:
- Agora desce, quem perdeu foi você! Passa “pra cá...”!
- Mas... Espera! “Já tô descendo! Não faz nada, não!
O meliante, surpreso, agora implorava, sob os aplausos de todos.
Outros policiais se aproximaram pelo tumulto. O bandido foi levado, algemado, sob vaias e outros nomes impublicáveis com que o chamavam.
Não é sempre que um assaltante é assaltado!
Coisas do nosso Rio de Janeiro...
Que bom seria se fatos assim fossem a realidade!
Outros e belos sonhos, resgatando nossa identidade.