LEIA SE QUISER, POIS NÃO É NADA

A gente vive de se ostentar como não é: Quase sempre determinada; de quando em vez engalanada; o tempo todo apaixonada; sempre que pode, afortunada; inexplicavelmente antenada, vitaminada, irmanada e desencanada.

Nada... Nada... Nada...

O que acontece é que gente é gente. Finge tanto, mas no fundo vive assim: Boa parte do tempo, contaminada; dia sim, dia não, envenenada; muitas vezes desenganada; quando menos pensa, condenada; logo depois aprisionada; costumeiramente lesionada, pressionada, e no fim das contas, exterminada.

Nada... Nada... nada...

É muita busca. São tantos os empenhos e desempenhos. É tanto engenho nessa jornada, para tudo isso dar no flanco; no vão das palavras... Terminar em nada.

Nada... nada... nada...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 16/01/2012
Código do texto: T3444386
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