Um sopro do porvir

Existência vã
Sem crença, sem fé, sem amanhã
Em cárceres das paixões desenfreadas
Abismos d’ lma são ilusões privadas em mentes enclausuradas
Acreditando que se tem amor!
Sorrisos sarcásticos se misturam entre gotículas sanguinolentas, entre as chagas de dor das lembranças...De um tempo que passou. ..
Será que foi bom?
Às vezes agindo como crianças, não nos damos conta de que a vida é um dom.
Pensamentos insólitos
O mau ao redor nos consome
O coração tem fome de justiça, a razão tem sede,
Mas as mãos só clamam por solução, fazendo oração, sem coragem para lutar.
Que mundo é esse meu Deus? O que mais podemos esperar?
Me diga e bendiga o que virá?
Em quem devo e posso acreditar?
Se a angústia me corrói diante a multidão
Só há inveja, ódio, guerras, perseguição
Envelhecendo oportunidades...
Desafiando a confiança na paz, no caráter de um cidadão
Afinal quem posso ser diante dessa situação?
Ainda tento ser cristão!
Onde a falsidade se beija e se abraça
O desejo diz amar
A ganância diz, só mais um pouquinho
E nunca basta!
A vaidade se esnoba,
O dinheiro pensa que tudo pode comprar
O vento assopra...
Sinto que ele está a suspirar...
No seu colo a me carregar
Embalando as ondas das horas... Ele quer me levar
Mas as marés entristecem
O mar se agita
O planeta chora
Lágrimas de chuva caem torrencialmente a lavar tanta sujeira que se espalhou.
Somente ele, o nosso Deus, para fazer tudo isso mudar
E como uma profecia
Tudo se transformaria
Como o encanto de uma poesia
Um sopro no porvir
Somente assim
Eu poderia de novo sorrir.

Valleria Gurgel
Verão de 04 de Janeiro de 2012
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Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 04/01/2012
Reeditado em 05/09/2012
Código do texto: T3422353
Classificação de conteúdo: seguro
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