Pelas florestas
(publicada no jornal "O Popular", seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 12-09-1990)
Países do primeiro Mundo já estão preocupados com a devastação de nossas florestas, que captadas por satélite, mostram um índice alarmante, principalmente na floresta Amazônica, a maior do mundo.
Cientistas em seus estudos afirmam que, com a iminência de extinção das florestas, já há um descontrole da Natureza: que o planeta é um organismo vivo e depende delas para o seu objetivo (a de oferecer condições de vida para os animais, inclusive o homem), a causa do oxigênio, da produção de alimentos e clima favorável; é confirmado também que a ocorrência de partes dos desertos existentes na terra, é decorrência desta devastação, que provoca a seca.
A falta de chuvas e outros fenômenos incertos já são um fato marcante em todo o mundo – as conseqüências são drásticas para a agropecuária, de onde venham a faltar alimentos para a população, sacrificando os de menos rendas, com preços exorbitantes; o que não é resolvido com a irrigação, que além de cara, com a falta de chuvas, os rios e os lençóis d’água secam, o solo torna-se árido e infértil – sem as substâncias orgânicas em decomposição, húmus, necessárias à vida vegetal, assim como as vivas que refrigeram e que dependem de certa umidade -; além do mais as plantas com suas raízes ajudam a fixar as pequenas partículas , transformadas pelos raios solares, ar e chuvas em ácidos nucléicos como reservas para a sua seiva “bruta” e “elaborada” no seu sustento e multiplicação evitando a formação de terrenos arenosos e desertos, pela ação dos ventos e das chuvas. No Brasil, temos como exemplos o Nordeste e outras regiões, que antes, densas florestas, hoje, terras improdutivas que precisam de restauração, pelas mãos do homem, para que produzam alguma coisa.
Devido à grande utilização da madeira na fabricação de móveis, de papéis, nas construções civis etc. o homem a tem tirado de seu leito, sem os cuidados com a Natureza como o replantio, visando tão-somente o lucro, e muitas das vezes, devastando unicamente para a prática da pecuária, que lhe é muito mais rendoso do que a agricultura.