Decadência comunista
(publicada no jornal "O Popular", seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 13-07-1990)
O Comunismo está em decadência, principalmente nos países do Leste europeu. Prova disto: a derrubada do muro de Berlim, evidência de unificação das duas Alemanhas; a força do Sindicato Solidariedade e vitória nas últimas eleições, Polônia; um poeta opositor no palácio presidencial, em Praga, Tchecoslováquia. Enquanto que China e URSS abrem as suas portas para as multinacionais como subsídios para suas economias.
Um regime que teve a sua origem nos estudos do alemão Karl Marx, e que foi implantado na Rússia (antiga URSS) pelos bolchevistas, liderados por Lênin, e depois Stálin, que subiam ao poder pela violência e derramamento de sangue, em que pessoas influentes eram fuziladas, bens confiscados, bancos nacionalizados e a reforma agrária realizada. Houve uma grande evasão de russos para o exterior, em defesa da liberdade e do patrimônio.
Com suas riquezas naturais exploradas, e sua grande mão-de-obra, utilizada, tudo em favor do Estado, a Rússia tornou-se uma grande potência, que se consolidou ainda mais depois da 2ª Guerra Mundial, com a anexação de outras repúblicas em seu território. Mas a corrupção causou desníveis de sociedades, em prol de uma minoria de um partido único, o PC. E internamente a URSS entrou em crise, com suas repúblicas em processo de separação e de independência.
Enquanto o comunismo se enfraquece, a democracia se fortalece; por todo o mundo, ditaduras são derrubadas. No Brasil, concretiza-se a abertura política com a eleição de um Presidente, depois de quase seis lustros.
O Comunismo já é quase passado, antiquado e retrógrado, e sem prestígio, inclusive em nosso País. Pois não condiz com o seu fim, de que todos somos iguais. O que não é verdade, nem perante os homens nem, e nem perante Deus. Só seria perfeito, se o homem o fosse, e não houvesse interesse próprio, desvirtuando a comunidade. Esse mesmo povo, que elegeu esse regime, está agora o repudiando; e cada dia essas manifestações mais contundentes.